JPMorgan faz acordo com vítima de Epstein em ação coletiva
NOVA YORK (Reuters) - O JPMorgan Chase concordou em fechar acordo em uma ação coletiva com uma vítima de Jeffrey Epstein, disse o banco nesta segunda-feira em um comunicado conjunto com os advogados da mulher.
O acordo resolve uma reclamação contra o JPMorgan, em uma ação coletiva proposta por uma mulher que diz ter sido abusada por Epstein.
"Qualquer associação com ele (Epstein) foi um erro e lamentamos", disse o JPMorgan. "Nós nunca teríamos continuado a fazer negócios com ele se acreditássemos que estava usando nosso banco de alguma forma para ajudar a cometer crimes hediondos."
O maior banco dos Estados Unidos ainda enfrenta um processo do governo das Ilhas Virgens Americanas, onde Epstein era dono de duas ilhas vizinhas e supostamente abusou de vítimas em sua mansão.
O litígio do JPMorgan contra seu ex-executivo Jes Staley, a quem acusa de esconder o que sabia sobre Epstein, também está em andamento.
O processo de ação coletiva alegou que o JPMorgan ignorou os avisos internos sobre os abusos sexuais cometidos por Epstein e optou por mantê-lo como cliente. O banco manteve Epstein, que era cliente do banco de 1998 até ser desligado em 2013, mesmo após sua prisão em 2006 por acusações relacionadas à prostituição e uma confissão de culpa dois anos depois.
O Deutsche Bank, do qual Epstein foi cliente de 2013 a 2018, concordou no mês passado em pagar 75 milhões de dólares para resolver um processo semelhante movido por mulheres que dizem ter sido traficadas pelo financista.
Epstein morreu em agosto de 2019, aos 66 anos, em uma cela de prisão em Manhattan enquanto aguardava julgamento por tráfico sexual.
O acordo resolve parcialmente um raro imbróglio de relações públicas para Jamie Dimon, que é o chefe-executivo do JPMorgan desde 2006.
Dimon testemunhou sob juramento em maio que mal tinha ouvido falar de Epstein até a prisão do financista em julho de 2019 e não se lembrava de ter discutido as contas de Epstein com outros funcionários do banco, incluindo aqueles autorizados a rescindir Epstein como cliente.
Documentos divulgados recentemente no processo mostram que o ex-conselheiro do JPMorgan Stephen Cutler havia solicitado ao banco que cortasse os laços com Epstein, mas outros executivos resistiram.
(Reportagem de Lananh Nguyen e Saeed Azhar em Nova York)
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