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CORREÇÃO-Ibovespa avança e supera 118 mil pontos com expectativas de trégua em alta de juros nos EUA

14/06/2023 10h09

(Corrige no título para 118 mil pontos (e não 108 mil)

Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - A bolsa paulista adotava um viés positivo nesta quarta-feira, quando as atenções estão voltadas paras os Estados Unidos, onde se espera que o Federal Reserve interrompa o ciclo de aperto monetário pela primeira vez desde março de 2022.

Às 11:23, o Ibovespa subia 1,31%, a 118.271,27 pontos, em pregão também marcado pelo vencimento de opções sobre o Ibovespa e do índice futuro. O volume financeiro somava 6,64 bilhões de reais.

No mesmo horário, o contrato futuro que expira nesta quarta-feira tinha variação positiva de 0,94%, a 118.275 pontos, enquanto o vencimento seguinte, para 16 de agosto, tinha acréscimo de 1,11%, a 120.750 pontos.

O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do banco central norte-americano anuncia sua decisão de juros às 15h (horário de Brasília) e a previsão majoritária no mercado é de que ele irá manter a faixa atual de 5,00% a 5,25%.

"Hoje, Fomc é o driver do dia", afirmou a equipe da Tullett Prebon Brasil em relatório a clientes.

Além da decisão sobre os juros em si, as atenções estarão voltadas para os comentários do chair do Fed, Jerome Powell, em coletiva de imprensa meia hora depois, principalmente sinais sobre eventuais novos aumentos.

"Pode ser que o Fed entenda que a dose de juros foi suficiente, e agora é caso de esperar o remédio fazer efeito. Ou pode ser que ele indique que a estabilidade é apenas uma pausa, mas que todos seguem vigilantes", afirmou a Levante Corp.

"Ou, na menos provável das hipóteses, pode ser que Powell esteja de mau humor com os juros e o Fed anuncie uma elevação dos juros. Isso provocará uma volatilidade intensa nos preços", acrescentou em relatório. "Agora é esperar a reunião."

O comunicado da decisão virá ainda acompanhado de projeções econômicas trimestrais da autoridade monetária.

DESTAQUES

- PETROBRAS PN avançava 2,88%, a 29,69 reais, beneficiado pela alta dos preços do petróleo no exterior. A companhia também informou à Braskem que não há qualquer decisão da diretoria executiva ou do conselho de administração em relação ao processo de desinvestimento ou de aumento de participação na companhia. Mas também afirmou a atuação no setor petroquímico é um dos elementos estratégicos do Plano Estratégico 2024-2028. BRASKEM PNA subia 1,01%.

- VALE ON tinha elevação de 2,15%, a 69,29 reais, conforme os contratos futuros de minério de ferro em Dalian, na China, ampliaram os ganhos nesta quarta-feira, impulsionados pelo apoio persistente das perspectivas de mais estímulos monetários e medidas de apoio para sustentar uma recuperação pós-pandemia estagnada na segunda maior economia do mundo.

- ITAÚ UNIBANCO PN subia 0,58%, a 27,97 reais, e BRADESCO PN mostrava variação positiva de 0,48%, a 16,82 reais. SANTANDER BRASIL UNIT, por sua vez, caía 0,73%, assim como BANCO DO BRASIL ON, em baixa de 0,08%. Analistas do Bradesco BBI afirmaram que ainda estão cautelosos com o setor, afirmando que a qualidade do crédito ainda é uma preocupação e que as margens financeiras (NII) têm desacelerado rapidamente.

- HAPVIDA ON valoriza-se 5,79%, a 4,2 reais, após um ajuste nos últimos quatro pregões, acumulando um declínio de quase 9%, com queda em três sessões. Além dos movimentos da empresa a fim de melhorar a sua estrutura de capital, a companhia também se beneficia do cenário de taxas de juros menores no Brasil, conforme vem ganhando força a aposta de um corte mais cedo da Selic.

- SLC AGRÍCOLA ON recuava 0,82%, a 34,97 reais, entre as poucas quedas do dia. No radar está a notícia sobre problemas envolvendo a Odey Asset Management (OAM), com sede em Londres, que detém participação de 9% na empresa brasileira. Para analistas do Bradesco BBI, caso ocorram resgates significativos de fundos da OAM pode ser que algumas das ações detidas pela gestora fiquem sob pressão no curto prazo, incluindo SLC. Na véspera, a Reuters noticiou que a OAM estava fechando um fundo e restringindo resgates de outro.

(Por Paula Arend Laier)