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Ibovespa orbita 120 mil pontos à espera do Copom

21/06/2023 11h22

Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa mostrava variações discretas nesta quarta-feira, marcada por decisão de política monetária no Brasil, com as atenções voltadas principalmente para sinais sobre os próximos passos do Copom, enquanto no exterior o foco está voltado para o chair do Federal Reserve, Jerome Powell.

Às 11:11, o Ibovespa caía 0,11%, a 119.493,58 pontos. Na máxima, voltou a encostar nos 120 mil pontos, chegando a 119.956,34 pontos. O volume financeiro somava 5,2 bilhões de reais.

Em meio a apostas de que o Comitê de Política Monetária do Banco Central deve anunciar após o fechamento do mercado a manutenção da Selic em 13,75%, o comunicado que virá com a decisão deve concentrar os holofotes, após o mercado ter migrado recentemente as apostas do primeiro corte de juros para agosto.

"Investidores devem avaliar após o fechamento do mercado o comunicado do Copom, após decisão de juros, que poderia trazer alguma sinalização de corte da Selic", afirmou a equipe do Safra. "A expectativa é que o BC tenha um tom mais brando após dados apontarem a queda da inflação", disse em nota a clientes.

Ainda no cenário doméstico, agentes financeiros acompanham a tramitação da nova regra fiscal no Senado, após a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) da Casa aprovar mais cedo o texto principal da proposta de arcabouço fiscal.

No exterior, Powell afirmou nesta quarta-feira que a luta do Federal Reserve para reduzir a inflação à sua meta de 2% "tem um longo caminho a percorrer".

Em depoimento ao Comitê de Serviços Financeiros da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, ele disse que "a inflação moderou um pouco desde meados do ano passado", mas que "as pressões inflacionárias continuam altas, e o processo de reduzir a inflação para 2% ainda tem um longo caminho a percorrer."

O índice norte-americano S&P 500 cedia 0,48%.

DESTAQUES

- PETROBRAS PN avançava 2,09%, a 31,21 reais, renovando máximas históricas, em meio à percepção de redução de riscos envolvendo a companhia. Na véspera, o Goldman Sachs elevou a recomendação dos papéis, seguindo movimento já realizado por JPMorgan e Santander. A performance no dia era endossada pela alta do petróleo no exterior.

- VALE ON caía 1,14%, a 66,84 reais, uma vez que os futuros do minério de ferro na Ásia ampliaram a queda nesta sessão. O contrato mais negociado na Dalian Commodity Exchange da China encerrou as negociações diurnas com queda de 1%, a 797,50 iuanes (110,86 dólares) por tonelada métrica. Na Bolsa de Cingapura, o contrato de referência recuou 2%.

- ITAÚ UNIBANCO PN valorizava-se 0,59%, a 28,93 reais, enquanto BRADESCO PN subia 0,46%, 17,37 reais.

- EMBRAER ON cedia 5,45%, a 18,21 reais, mais uma vez entre as maiores perdas do Ibovespa, com o noticiário relacionado à Paris Airshow não sendo suficiente para estimular compras. Nesta quarta, a Embraer informou que está voltando ao mercado chinês com um acordo para converter jatos de passageiros em cargueiros em parceria com uma empresa da cidade de Lanzhou.

- VAMOS ON, que não está no Ibovespa, recuava 4,5%, a 12,1 reais, após anunciar oferta de 118.389.898 ações, que espera precificar em 28 de junho. Com base no preço de fechamento da terça-feira, de 12,67 reais, a oferta alcança 1,5 bilhão de reais. A companhia pretende utilizar os recursos da operação para aquisição de caminhões e máquinas, entre outros.