Dólar recua após queda em expectativas de inflação, com geopolítica e agenda cheia no radar
Por Luana Maria Benedito
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar recuava frente ao real nesta segunda-feira, em linha com a leve desvalorização da divisa norte-americana no exterior e após nova queda nas expectativas de inflação locais, com investidores de olho no noticiário geopolítico e nas carregadas agendas de divulgações doméstica e internacional da semana.
Às 10:46 (horário de Brasília), o dólar à vista recuava 0,33%, a 4,7615 reais na venda.
Na B3, às 10:46 (horário de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,64%, a 4,7640 reais.
Esse movimento estava em linha com a fraqueza do dólar no exterior, disse Jefferson Rugik, da Correparti Corretora, com seu índice frente a uma cesta de pares fortes em baixa de 0,10%.
O foco global estava nas tensões geopolíticas, após mercenários russos fortemente armados terem se retirado da cidade de Rostov, no sul da Rússia, sob um acordo que interrompeu seu rápido avanço sobre Moscou, mas levantou questões no domingo sobre o controle do presidente Vladimir Putin.
"Semana começa agitada com curto, porém preocupante, motim na Rússia e bateria importante de dados tanto aqui quanto lá fora", disse o Banco Inter em nota a clientes nesta segunda-feira.
O mercado aguarda na terça-feira dados do IPCA-15 de junho e a ata da reunião que manteve a Selic em 13,75%, já de olho na reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN) na quinta-feira, que deve deliberar sobre metas de inflação.
Enquanto isso, sustentando o real, economistas continuaram reduzindo suas projeções para a inflação brasileira deste ano e do próximo, mostrou o boletim semanal Focus, e mantiveram expectativa de que o Banco Central começará a cortar juros já em agosto, apesar de a autarquia não ter sinalizado essa possibilidade em seu último comunicado de política monetária.
"Embora menos pronunciado do que na semana passada, o processo de reancoragem (das expectativas de inflação) parece ainda estar em curso, provavelmente refletindo uma avaliação de menor probabilidade de aumento da meta de inflação a ser discutida nesta quinta-feira pelo Conselho Monetário Nacional (CMN)", disse o Citi em relatório.
O dólar tem rondado os níveis mais baixos em mais de um ano frente ao real, após uma longa sequência de perdas semanais, em parte devido aos sinais de arrefecimento da inflação, que sustentam a perspectiva de que o Brasil continuará oferecendo uma taxa de juros real atraente para investidores estrangeiros.
O dólar à vista fechou a última sexta-feira cotado a 4,7775 reais na venda, com leve alta de 0,12%.
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