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Governo vai garantir preço mínimo para produtores não terem prejuízo em sua safra, diz Lula

28/06/2023 12h25

(Reuters) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quarta-feira que o governo federal vai garantir preço mínimo para produtos agrícolas a fim de que pequenos e médios produtores não tenham prejuízo em sua safra.

"Uma coisa que é importante, vocês vão plantar e nós vamos garantir preço mínimo para que ninguém tenha prejuízo na sua safra", disse Lula em discurso na cerimônia de lançamento do Plano Safra da Agricultura Familiar 2023/24, no Palácio do Planalto.

"A gente não pode incentivar vocês a plantarem, aí vocês plantam, o preço cai e vocês não conseguem sequer pagar o que vocês gastaram para plantar. Não!", disse.

O plano anunciado pelo governo e liderado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário, prevê 71,6 bilhões de reais em crédito para o pequeno agricultor, um aumento de 34% em relação ao disponibilizado no ano passado. O volume total de recursos previstos no plano, incluindo outros benefícios para a agricultura familiar, como políticas de preços mínimos e garantia safra, chega a 77,7 bilhões de reais.

Em seu discurso, Lula também disse que o governo federal bancará eventuais excessos de produção e defendeu o papel da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) na formação de estoques reguladores para evitar a escassez de alimentos e que os preços esses gêneros alimentícios aumentem de forma "exorbitante".

"Muitas vezes a gente vai incentivar vocês a plantar determinadas coisas, mas se tiver excesso de produção, a gente tem que bancar", disse.

"E eu espero que agora a Conab, na mão da pequena e média agricultura, possa cuidar do estoque regulador de verdade para que a gente possa fazer com que não falte mais alimento neste país e que o preço não aumente de forma exorbitante", acrescentou.

O anúncio do governo para a agricultura familiar acontece um dia depois de Lula lançar o Plano Safra para a agricultura empresarial, com um volume de recursos de 364,22 bilhões de reais, um incremento de 27% em relação ao total de recursos destinados ao setor no ano passado.

(Por Eduardo Simões e Fernando Cardoso)