Barkin, do Fed, diz que inflação nos EUA ainda é muito alta e espera que dados recentes sejam "um sinal"

(Reuters) - A inflação nos Estados Unidos continua muito alta, embora leituras recentes mostrando que as pressões de preços diminuíram sejam uma boa notícia, disse o presidente do Federal Reserve de Richmond, Thomas Barkin, nesta quinta-feira.

"Certamente, a leitura da inflação do mês passado foi boa e espero que seja um sinal", disse Barkin em comentários preparados para um discurso na Virgínia.

Barkin não abordou as perspectivas de política monetária do Fed em seus comentários preparados, exceto para dizer que "a inflação continua muito alta", ecoando um refrão ouvido da maioria das autoridades do banco central dos EUA que temem declarar rápido demais que o "trabalho está feito" em sua tarefa de levar a inflação de volta à meta de 2%.

As declarações de Barkin foram feitas pouco mais de uma semana depois que o Fed elevou sua taxa de juros de referência em 0,25 ponto percentual, para uma faixa de 5,25% a 5,50%, o 11º aumento em uma campanha agressiva de aperto da política monetária iniciada em março de 2022.

Dados recentes de inflação apontaram para um progresso notável. A medida de inflação preferida do Fed - o índice PCE - subiu 3% em junho na comparação anual, abaixo dos 7% do ano anterior.

Ainda mais favorável para as autoridades do Fed, a taxa excluindo custos de alimentos e energia, que eles veem como um melhor indicador das tendências subjacentes da inflação, ficou em 4,1%, abaixo do esperado, após meses em 4,6%.

As falas preparadas por Barkin se concentraram principalmente na iminência de uma recessão. Embora não faça uma previsão explícita, ele disse que mais desaceleração da atividade econômica "está quase certamente no horizonte".

Dito isso, ele argumentou que qualquer retração desta vez pode ser menos severa do que no passado e causar menos perda de empregos.

(Reportagem de Dan Burns)

Deixe seu comentário

Só para assinantes