Lula reunirá companhias aéreas para discutir preço de passagens e falta de voos regionais

(Reuters) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quinta-feira que fará uma reunião com as companhias aéreas para questioná-las sobre os preços das passagens e a falta de voos regionais no país, assim como para definir políticas públicas para lidar com esses problemas.

Em entrevista a rádios da região amazônica, Lula disse ainda que encomendou um estudo sobre o assunto ao ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, e com base nesses dados pretende reunir-se com representantes do setor.

"Eu pedi para que o Márcio França fizesse para a Presidência da República um estudo sobre a questão da aviação. Nós temos um problema que não tem muita explicação. Tem dia que você paga uma passagem São Paulo-Rio três, quatro mil reais, se você comprar com três meses de antecedência paga 200 reais. Muitas vezes é mais barato viajar de Brasília a Miami ou de São Paulo a Miami do que de um Estado brasileiro para outro Estado", disse Lula.

"Nós vamos chamar as empresas de aviação para discutir o que é que está acontecendo de verdade na aviação brasileira... Eu quero discutir com as empresas por que é que a gente não tem aviões regionais, por que é que o voo é tão caro, a passagem é tão cara", acrescentou.

Lula disse ser "inexplicável" a ausência de voos diários entre as capitais dos Estados brasileiros e que o preço do querosene de avião caiu desde que tomou posse em janeiro.

"Precisamos ter uma interligação, você não precisa ter avião grande, pode ter aviões menores que façam voos regionais para garantir ao povo brasileiro o direito de ir e vir, more ele onde morar", disse.

"É inexplicável que a gente não tenha voo diário de capitais para capitais. É inexplicável."

Recentemente, França anunciou um programa batizado de Voa Brasil, ainda a ser implementado, no qual companhias aéreas venderiam passagens aéreas a 200 reais por trecho para períodos de ociosidade.

O programa inicialmente contemplaria aposentados e pensionistas que não tenham viajado de avião nos últimos 12 meses e cada beneficiário poderá comprar até quatro passagens por ano, ou seja, um trecho de ida e volta com um acompanhante.

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(Por Eduardo Simões, em São Paulo)

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