Procurador e defesa pedem prisão domiciliar para filho de presidente colombiano

Por Luis Jaime Acosta

BOGOTÁ (Reuters) - Tanto a acusação quanto a defesa em um caso de lavagem de dinheiro e enriquecimento ilícito contra Nicolás Petro, filho mais velho do presidente colombiano, Gustavo Petro, solicitaram nesta sexta-feira prisão domiciliar para o jovem Petro.

Petro, de 37 anos, foi preso no último fim de semana na cidade de Barranquilla junto com sua ex-esposa, Daysuris del Carmen Vasquez, que está detida por acusações semelhantes.

O promotor Mario Burgos disse em uma audiência na quinta-feira que Petro, que renunciou ao cargo de parlamentar da província de Atlântico, havia dito que dinheiro ilegal entrou na campanha eleitoral de 2022 de seu pai, que ultrapassou os limites legais e não foi totalmente relatado às autoridades eleitorais.

O presidente negou ter conhecimento de qualquer atividade ilegal e disse que continuará com os planos políticos de seu governo, mas o escândalo pode prejudicar sua busca pela paz ou por acordos de rendição com grupos armados, além de uma ambiciosa agenda de reformas, que já enfrentava desafios em meio ao colapso da coalizão anterior do governo no Congresso.

Tanto o promotor Burgos quanto o advogado de defesa de Petro, David Teleki, apoiaram uma medida de prisão domiciliar em uma audiência matinal, com Teleki citando o nascimento iminente do filho de Petro com sua atual companheira.

A expectativa é que o juiz se pronuncie após as 18h no horário local (20h no horário de Brasília).

De acordo com as acusações, Nicolás Petro recebia dinheiro de supostos narcotraficantes em troca de incluí-los nos planos de paz do presidente.

(Reportagem de Luis Jaime Acosta, reportagem adicional de Julia Symmes Cobb)

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