Veículos motorizados impulsionam manufatura dos EUA em julho
WASHINGTON (Reuters) - A produção nas fábricas dos Estados Unidos se recuperou inesperadamente em julho graças ao impulso de veículos motorizados, mas a atividade continua pressionadas por custos de empréstimos mais altos.
A produção manufatureira aumentou 0,5% no mês passado, informou o Federal Reserve nesta quarta-feira. Os dados de junho foram revisados para mostrar queda de 0,5%, em vez de 0,3% conforme relatado anteriormente.
Economistas consultados pela Reuters previam que a produção manufatureira ficaria inalterada.
Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, a produção caiu 0,7% em julho. Desde março de 2022, o Federal Reserve elevou sua taxa de juros de referência em 525 pontos-base, para a faixa atual de 5,25% a 5,50%. Isso pressionou a manufatura, que responde por 11,1% da economia.
Há, no entanto, sinais preliminares de que a manufatura pode estar se estabilizando. Embora a medida do Instituto de Gestão de Fornecimento para a atividade fabril nacional tenha contraído pelo sétimo mês consecutivo em julho, o ritmo desacelerou, com o instituto observando que "os níveis de estoque dos clientes estão na tensão adequada ... um potencial ligeiramente positivo para a produção futura ".
A demanda por bens também continua se mantendo.
A produção de veículos automotores e peças acelerou 5,2% no mês passado, após cair 3,9% em junho. O salto provavelmente refletiu dificuldades em ajustar os dados para flutuações sazonais.
A produção normalmente cai em julho, quando as montadoras param as fábricas para se reequiparem. Os fechamentos temporários de fábricas, no entanto, nem sempre acontecem, o que pode prejudicar o modelo que o Fed usa para eliminar as flutuações sazonais dos dados.
A produção da mineração aumentou 0,5%, após queda de 0,9% em junho, e a de serviços públicos disparou 5,4%, recuperando-se após três quedas mensais consecutivas, à medida que a onda de calor em muitas partes do país aumentou a demanda por ar condicionado.
A produção industrial geral subiu 1,0% em julho, após cair 0,8% em junho.
(Reportagem de Lucia Mutikani)
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