Corte de juros no Chile e Brasil levou a recalibragem de grandes fundos, com efeitos no câmbio, diz Campos Neto

Por Fabricio de Castro

SÃO PAULO (Reuters) - O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta terça-feira que, após os cortes de juros mais recentes do Chile e do Brasil, o mercado de câmbio passou por dois dias em que houve uma recalibragem de posições.

No fim de julho, o banco central do Chile deu a largada no atual movimento de flexibilização da política monetária na América Latina, com corte de 1 ponto percentual em sua taxa básica, surpreendendo o mercado.

No início de agosto, foi a vez de o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central cortar a taxa básica Selic em 0,50 ponto percentual, a 13,25% ao ano, indicando que fará novos cortes na mesma magnitude nos próximos meses.

"Depois do corte de juros do Chile e do Brasil, tivemos dois dias em que grandes fundos entenderam que talvez o carry trade de mundo emergente e Latam (América Latina) tivesse que ser reacalibrado", disse Campos Neto.

Em evento do banco Santander, Campos Neto também pontuou que o câmbio no Brasil faz parte do tripé macroeconômico e que a moeda norte-americana é flutuante no Brasil. Segundo ele, o BC observa o impacto que o câmbio tem na inflação.

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