JoomPro, plataforma europeia de importação de produtos da China, expande operações para o Brasil

SÃO PAULO (Reuters) - A plataforma europeia de comércio eletrônico JoomPro anunciou nesta terça-feira que está trazendo suas operações para o Brasil, ingressando na disputa pelo mercado de importação do país, com investimentos de até 50 milhões de dólares ao longo dos próximos cinco anos.

Com foco no atacado, também chamado de B2B, a JoomPro visa atender revendedoras e pequenas companhias interessadas em importar da China.

A empresa com sede em Lisboa, Portugal, cujo escritório no Brasil estará baseado em São Paulo, prevê a contratação de cerca de 100 funcionários até o fim de 2024.

"Nós não vemos um concorrente direto (no Brasil)", disse à Reuters Ilya Shirokov, fundador e presidente-executivo do Joom, grupo internacional que engloba empresas de comércio eletrônico, incluindo a JoomPro, e uma fintech.

"Temos, obviamente, competidores indiretos. Os primeiros seriam os distribuidores locais, que compram da China e de outros países e trazem para o Brasil", acrescentou.

"O segundo eu diria o Alibaba, mas nesse caso você lida diretamente com o fabricante... e você precisa resolver todas as questões logísticas e de desembaraço aduaneiro por conta própria", afirmou.

O Alibaba Group é um grupo empresarial chinês detentor de negócios como os marketplaces Alibaba, Taobao e AliExpress.

Sem se aprofundar em previsões para faturamento, Shirokov disse que, inicialmente, o objetivo com o investimento é crescer a operação no Brasil e atingir o "break-even", momento em que uma empresa começa a cobrir todos os custos incorridos.

A proposta da plataforma é facilitar a importação da China ao Brasil para pequenos negócios, se responsabilizando por todo o processo de escolha de fornecedor, testes de qualidade, documentação e logística até chegada ao estoque, segundo o executivo. "Queremos tornar o comércio global fácil e eficiente para todo mundo."

Continua após a publicidade

A JoomPro também possui escritórios nos Estados Unidos, Alemanha, Luxemburgo, Armênia e Letônia, e visa uma expansão na América Latina, segundo Shirokov. O próximo mercado que a companhia deve entrar é o México, de acordo com ele.

(Por Patricia Vilas Boas)

Deixe seu comentário

Só para assinantes