BTG Pactual compra Órama por R$500 mi
Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) - O BTG Pactual anunciou nesta segunda-feira acordo para comprar a Órama DTVM por 500 milhões de reais, conforme o maior banco de investimentos da América Latina busca aumentar a base de clientes e avançar na oferta de produtos para pessoas físicas.
A Órama conta com aproximadamente 18 bilhões de reais em ativos sob custódia de 360 mil clientes e está presente no Rio de Janeiro e São Paulo.
A aquisição faz parte da estratégia do BTG de expansão das plataformas digitais e a expectativa do banco é que o negócio traga ganhos de escala, além de diluição de custos fixos, entre outras sinergias.
O negócio envolve todas as atividades da Órama, com exceção do negócio de gestão de fundos, afirmou o BTG. A conclusão e o fechamento do acordo estão sujeitos às aprovações regulatórias necessárias, inclusive do Banco Central.
O sócio responsável por plataformas digitais do BTG Pactual, Marcelo Flora, afirmou que a transação vai permitir aos clientes da Órama acesso à plataforma completa do BTG, como banking, pix, cartão de crédito, conta de investimentos offshore com banking e cartão de débito nos Estados Unidos.
A Órama foi oficialmente lançada ao mercado em 2011 como a primeira plataforma do Brasil dedicada exclusivamente à distribuição de fundos de investimentos. Em 2014 passou também a distribuir produtos de renda fixa e em 2018 foram incorporados produtos de renda variável e previdência.
Fundada por Selmo Nissenbaum, Guilherme Horn, Roberto Rocha e Habib Nascif, a distribuidora de valores mobiliários tem atualmente 370 funcionários e 300 assessores de investimentos registrados na Ancord.
Entre os principais acionistas da companhia, que venderam agora a totalidade de suas participações, estão Rede D’Or, que incorporou os 25% adquiridos pela SulAmérica em 2019, e a Globo Ventures - empresa responsável pelos investimentos dos acionistas do Grupo Globo - que havia comprado 25% em 2017, afirmou o BTG.
De acordo com Nascif, presidente-executivo da Órama, além da gestora, que não entrou no negócio, parte dos sócios vai focar em "Investment as a Service - IaaS", conjunto de soluções que atendem a varejistas e demais empresas, de diversos setores.
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