Companhias aéreas dos EUA aceleram uso de aviões maiores

Por Rajesh Kumar Singh

CHICAGO, Estados Unidos (Reuters) - O plano da United Airlines para lidar com restrições operacionais que afetam as companhias aéreas dos Estados Unidos é simples: aviões maiores.

Ao anunciar seus planos na terça-feira de encomendar 110 aeronaves da Boeing e da Airbus, a United citou escassez de controladores de tráfego aéreo, o espaço aéreo congestionado e as limitações nas pistas e portões dos aeroportos, que forçaram muitas companhias aéreas a reduzirem o número de voos que oferecem.

Como a empresa espera que esses problemas se agravem até o final da década com o aumento da demanda, a companhia está comprando aviões maiores com mais assentos - uma estratégia que as rivais também adotaram.

"O país não está construindo muito mais pistas e isso fará com que precisemos aumentar o tamanho de nossas aeronaves para atender à crescente demanda", disse o diretor comercial da United, Andrew Nocella. Ele acrescentou que a demanda de viagens não pode ser atendida sem aviões maiores.

A empresa pretende aumentar a média de assentos por decolagem na América do Norte em mais de 40% em 2027 em relação a 2019.

O último pedido da United inclui 50 aviões Boeing 787-9 que a empresa planeja operar em muitas rotas atualmente atendidas por 767s. Essa versão do 787 comporta até 129 assentos a mais do que os 767s em sua frota.

Da mesma forma, os 60 Airbus A321neos que a United está comprando podem acomodar até 30% mais passageiros do que alguns dos 757s da Boeing que a empresa tem voado.

MAIOR É MELHOR

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A United não está sozinha nessa abordagem de maior é melhor.

Dados da Airlines for America (A4A), órgão do setor, mostram que aviões maiores, com mais de 120 assentos, agora representam cerca de 68% dos voos domésticos programados nos Estados Unidos, em comparação com 58% antes da pandemia.

Como resultado, as companhias aéreas estão oferecendo 14% mais assentos por voo no trimestre atual em comparação com o quarto trimestre de 2019, antes da pandemia, de acordo com dados da A4A. Isso apesar de uma redução de 9% nos voos programados.

A mudança para aviões maiores ocorre em um momento em que as companhias aéreas estão enfrentando uma escassez de controladores de tráfego aéreo nos Estados Unidos, já que muitos se aposentaram durante a pandemia e o treinamento para novos controladores foi interrompido.

Os desafios obrigaram a United a cortar os voos diários de Newark - seu maior hub. A Frontier Airlines também foi forçada a reformular sua malha de voos devido aos problemas com os controladores.

A United disse que as aeronaves maiores aumentam a média de assentos por decolagema, o que se traduz em custos mais baixos por passageiro.

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