Estoques no atacado dos EUA caem em agosto pelo 6º mês, vendas aumentam
WASHINGTON (Reuters) - Os estoques no atacado dos Estados Unidos caíram pelo sexto mês consecutivo em agosto, mas o ritmo de queda diminuiu em meio a um aumento nas vendas.
O Departamento de Comércio informou nesta terça-feira que os estoques no atacado caíram 0,1%, conforme relatado anteriormente no mês passado, após recuo de 0,3% em julho. Economistas consultados pela Reuters não esperavam revisão.
Os estoques são uma parte importante do Produto Interno Bruto. Eles caíram 1,0% em agosto na comparação anual.
Economistas preveem que os estoques das empresas impulsionem o PIB no terceiro trimestre. O investimento em estoques privados foi neutro para o PIB no segundo trimestre, depois de terem exercido um grande peso nos três primeiros meses do ano.
As estimativas de crescimento para o terceiro trimestre chegam a uma taxa anualizada de 4,9%. A economia cresceu em um ritmo de 2,1% no trimestre de abril a junho. As empresas estão administrando cuidadosamente os estoques em meio às expectativas de uma demanda mais fraca devido à taxa de juros mais alta.
Os estoques de veículos automotores no atacado subiram 2,1% em agosto, depois de terem aumentado 0,3% em julho. As greves do sindicato United Auto Workers na General Motors, na Ford Motor e na Stellantis, controladora da Chrysler, podem pressionar o fornecimento de veículos.
Houve reduções nos estoques atacadistas de móveis, equipamentos de informática, metais, vestuário, papel e medicamentos, produtos químicos e produtos elétricos. Porém, os estoques de ferramentas aumentaram, assim como os de máquinas, petróleo e mantimentos.
Excluindo automóveis, os estoques no atacado caíram 0,4% em agosto. Esse componente entra no cálculo do PIB.
As vendas no atacado aumentaram 1,8% em agosto, o maior aumento desde junho de 2022, após um aumento de 1,2% em julho.
No ritmo de vendas de agosto, os atacadistas levariam 1,36 mês para limpar as prateleiras. Essa foi a proporção mais baixa desde outubro de 2022 e caiu em relação à marca de 1,39 mês de julho.
(Reportagem de Lucia Mutikani)
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