Setor químico tem queda na ocupação e alta de participação de importados em agosto, diz Abiquim
SÃO PAULO (Reuters) - A indústria química do Brasil encerrou agosto com o menor nível de utilização da capacidade instalada já registrado pela entidade que representa o setor, Abiquim, informou a associação nesta segunda-feira.
A ocupação em agosto foi de 59% após 62% em julho, segundo os dados mais recentes divulgados pela Abiquim. Em agosto de 2022, o marcador estava em 68%.
"O resultado da manutenção desse quadro difícil e desafiador pode ser o fechamento de plantas do setor químico", afirmou a diretora de economia e estatística da Abiquim, Fátima Giovanna Coviello Ferreira, citando como agravante para o aumento nos custos de matérias-primas como gás o conturbado cenário geopolítico global.
Segundo a Abiquim, depois de um crescimento no consumo aparente em julho, de 12,5%, agosto mostrou queda de 7,9% no indicador.
Já a produção da indústria química brasileira teve queda de 15,54% em agosto sobre o mesmo período do ano passado, com recuo de 1,9% na comparação com julho.
"Agosto teve o pior resultado mensal em termos de produção desde 2007", afirmou a Abiquim em comunicado à imprensa. A entidade citou que as vendas no bimestre julho-agosto tiveram também o pior desempenho desde 2007.
Enquanto isso, a participação das importações nas vendas internas alcançou 45% nos primeiros oito meses de 2023. "Esse aumento relativo significa uma perda de dois pontos percentuais na participação de mercado para o produtor local", disse a Abiquim.
(Por Alberto Alerigi Jr.)
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