PMI da zona do euro atinge nível mais baixo em quase 3 anos em outubro, gerando temores de recessão

Por Jonathan Cable

LONDRES (Reuters) - A atividade enpresarial da zona do euro teve uma guinada surpreendente para pior neste mês, com a demanda caindo diante de uma desaceleração de base ampla em toda a região, segundo uma pesquisa, entrando no quarto trimestre com o pé esquerdo e sugerindo que o bloco pode entrar em recessão.

A pesquisa de Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) desta terça-feira provavelmente será uma leitura decepcionante para o Banco Central Europeu, que se reúne na quinta-feira, e a precificação de mercado agora sugere que a narrativa da presidente do BCE, Christine Lagarde, sobre uma taxa de juros "mais alta por mais tempo" pode não vingar, como alguns esperam.

O PMI preliminar da zona do euro, compilado pela S&P Global e considerado um bom indicador da saúde econômica geral, caiu para 46,5 em outubro, em comparação com 47,2 em setembro, e foi ao nível mais baixo desde novembro de 2020.

Excluindo os meses de pandemia da Covid-19, foi a leitura mais baixa desde março de 2013.

O índice ficou bem abaixo do nível 50, que separa o crescimento da atividade de contração, e frustrou as expectativas em uma pesquisa da Reuters de aumento para 47,4.

"Os PMIs preliminares marcam um início de outubro ruim para a zona do euro, especialmente depois de mostrar alguns sinais iniciais de recuperação em setembro", disse Rory Fennessy, da Oxford Economics.

"Se essa tendência continuar, isso representa riscos de queda para nossa previsão de crescimento estagnado para o quarto trimestre."

O PMI que abrange o setor de serviços dominante do bloco caiu de 48,7 para 47,8, uma mínima em 32 meses abaixo de todas as previsões em pesquisa da Reuters, que não havia previsto nenhuma mudança em relação a setembro.

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O PMI de manufatura caiu de 43,4 para 43,0, marcando seu 16º mês abaixo de 50 e o patamar mais baixo desde maio de 2020, quando a pandemia estava consolidando seu controle sobre o mundo. A pesquisa da Reuters havia previsto leitura de 43,7.

(Por Jonathan Cable)

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