Atividade fabril do Japão é pressionada por fraca demanda e inflação em outubro, mostra PMI

TÓQUIO (Reuters) - A atividade industrial do Japão contraiu pelo quinto mês consecutivo em outubro, mostrou uma pesquisa nesta quarta-feira, à medida que a demanda moderada e as pressões inflacionárias pressionaram as empresas.

O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) industrial do au Jibun Bank ficou em 48,7 em outubro, ligeiramente acima dos 48,5 de setembro, mas ainda abaixo do limite de 50,0 pontos que separa o crescimento da contracção.

Os subíndices de produção e novas encomendas também contraíram pelo quinto mês consecutivo em outubro. Os entrevistados disseram que a demanda de vendas no país e no exterior estava fraca.

As novas encomendas de exportação caíram pelo 20º mês consecutivo, com os preços mais elevados pesando nas vendas.

“As empresas continuaram a fechar as portas, cortando as compras, não substituindo os que saíram e concentrando-se na gestão inteligente de inventário para minimizar quaisquer custos desnecessários nas fábricas”, disse Usamah Bhatti, da S&P Global Market Intelligence, que compilou a pesquisa.

A pesquisa mostrou que o subíndice que mede o emprego caiu pela primeira vez desde fevereiro de 2021, já que as empresas não substituíram o número de funcionários devido à produção e às carteiras de pedidos mais fracas.

"As pressões inflacionárias permaneceram um tanto rígidas, com os custos novamente subindo de forma bastante acentuada e os encargos subindo a um nível elevado", disse Bhatti.

Alimentada pelo aumento dos custos das matérias-primas e por um iene fraco, a inflação pesou sobre as empresas e obscureceu as perspectivas econômicas.

Os dados moderados do PMI foram divulgados depois de números oficiais terem mostrado que a produção industrial do Japão aumentou muito menos do que o esperado em setembro, à medida que a demanda desacelerou significativamente.

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Pelo lado positivo, os fabricantes permaneceram confiantes quanto às perspectivas, apoiados pelas esperanças de melhorias na demanda, no ciclo de inventários e em setores-chave, como o de automóveis e eletrônicos.

(Por Kaori Kaneko)

((Tradução Redação São Paulo, 55 11 56447723))

REUTERS LB

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