Fundo de George Soros destinará US$15 mi para negócios sustentáveis na Amazônia

(Reuters) - O Fundo Soros de Desenvolvimento Econômico (SEDF, na sigla em inglês), braço de investimento de impacto da Open Society Foundations, informou nesta segunda-feira que está destinando 15 milhões de dólares a um fundo de investimento sediado no Brasil, dedicado a financiar negócios sustentáveis na região Amazônica.

O Fundo para a Biodiversidade da Amazônia é apoiado por uma garantia de 100 milhões de dólares da United States Development Finance Corporation, a agência de desenvolvimento internacional do governo dos Estados Unidos. A expectativa é que os recursos atinjam até 60 milhões de dólares, de acordo com o SEDF.

Os recursos serão destinados a empreendimentos e projetos em estágio inicial e em crescimento que operam exclusivamente na Amazônia brasileira e que busquem reduzir o desmatamento, criar resultados socioeconômicos e de bem-estar para as comunidades locais, além de conservar a biodiversidade, acrescentou o fundo.

A previsão é que alcance mais de 700 mil pequenos agricultores e suas famílias na região e incentivar a produção sustentável de café, cacau e outras culturas indígenas locais, ao mesmo tempo em que preserva a floresta ou refloresta áreas degradadas.

De acordo com Georgia Levenson Keohane, CEO da SEDF, o fundo "demonstrará à comunidade de investidores em geral que é possível operar negócios comerciais de sucesso que protejam as florestas existentes da Amazônia e melhorem os meios de subsistência locais."

"Isto é particularmente urgente, dado o papel crítico da Amazônia como sumidouro natural e substancial de carbono, na luta contra as alterações climáticas globais", acrescentou Keohane em nota à imprensa.

A Open Society Foundations, fundada por George Soros, se apresenta como a maior financiadora privada do mundo de grupos independentes que trabalham pela justiça, pela governança democrática e pelos direitos humanos. O SEDF, lançado em 1997, gere atualmente mais de 35 investimentos em todo o mundo.

(Por Paula Arend Laier, em São Paulo)

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