Ibovespa recua com ajustes antes de bateria de balanços e inflação nos EUA

Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa recuava nesta segunda-feira, em meio a ajustes após três semanas seguidas de alta, mas também expectativa para uma nova bateria de resultados corporativos após o fechamento do pregão, incluindo os números de JBS, Magazine Luiza e Localiza.

Às 10h56h, o Ibovespa caía 0,32%, a 120.178,87 pontos, após acumular uma alta de 6,55% nas últimas três semanas. O volume financeiro somava 2,05 bilhões de reais.

Investidores também aguardam dados de inflação nos Estados Unidos, previstos para a terça-feira, conforme continuam as dúvidas sobre quando se encerrará o ciclo de aumento de juros norte-americanos. Em Wall Street, o dia era de alta nos rendimentos dos Treasuries e fraqueza dos futuros acionários.

"O que todos...querem ver e sentir neste momento é o fim do ciclo de aperto da política monetária global, e o início do fim começa principalmente com o Federal Reserve", afirmou a analista sênior do Swissquote Bank, Ipek Ozkardeskaya, em nota enviada a clientes.

DESTAQUES

- B3 ON caía 4,17%, a 12,42 reais, devolvendo a alta da última sexta-feira, quando fechou com elevação de 4,85%, contabilizando na semana uma valorização de mais de 6%. Analistas do BTG Pactual cortaram a recomendação das ações para "neutra", bem como reduziram previsão para lucro em 2024 e 2025, enquanto o preço-alvo dos papéis permaneceu em 24 reais.

- NATURA&CO recuava 2,22%, a 13,63 reais, antes da divulgação do balanço, após o fechamento do mercado. Na semana passada, a ação acumulou alta de mais de 4%.

- MINERVA ON avançava 1,9%, a 6,97 reais, antes da divulgação do balanço, após o fechamento. A companhia também disse nesta segunda-feira que foi informada por autoridades do Paraguai sobre a aprovação do protocolo sanitário para abertura do mercado dos EUA para exportação de carne bovina paraguaia. A Minerva possui quatro plantas produtivas no Paraguai.

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- YDUQS ON valorizava-se 2,07%, a 20,19 reais, antes da divulgação do balanço do terceiro trimestre, após o fechamento.

- CARREFOUR ON valorizava-se 2,75%, a 10,83 reais, tendo no radar anúncio da companhia de que seu conselho de administração aprovou 179 milhões de reais em juros sobre capital próprio, com pagamento previsto para 29 de novembro.

- LOJAS RENNER ON subia 1,47%, a 13,15 reais, corrigindo parte do tombo da última sexta-feira, quando encerrou o pregão em baixa de mais de 4%.

- VALE ON subia 0,24%, a 71,72 reais, uma vez que os futuros do minério de ferro ampliaram os ganhos pela quarta sessão consecutiva nesta segunda-feira, com o contrato mais negociado na Dalian Commodity Exchange (DCE) da China encerrando o dia com alta de 1,68%, a 966,5 iuans (132,46 dólares) a tonelada, um novo pico desde agosto de 2021.

- PETROBRAS PN avançava 0,89%, a 35,03 reais, tendo como pano de fundo alta modesta nos preços do petróleo no exterior, com o barril de Brent negociado a 81,46 dólares, acréscimo de 0,04%. A companhia obteve uma decisão favorável no julgamento pela Primeira Turma do STF de uma causa trabalhista que discute metodologia de apuração do complemento de Remuneração Mínima Por Nível e Regime (RMNR).

- ITAÚ UNIBANCO PN cedia 0,81%, a 29,35 reais, e BRADESCO PN caía 0,80%, a 14,92 reais.

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- M.DIAS BRANCO ON, que não está no Ibovespa, recuava 6,62%, a 32,75 reais, mesmo após o resultado do terceiro trimestre mostra avanço no lucro e Ebitda, com a companhia líder nos mercados de biscoitos e massas do Brasil também anunciando aumento no percentual alvo de dividendos de 60% para 80% do lucro. A ação da subiu 4,8% na semana passada, tendo fechado na sexta-feira com alta de quase 3%.

- AMERICANAS ON, que também não faz parte do Ibovespa, recuava 2,44%, a 0,80 real, após adiar novamente a divulgação de seus balanços de 2021 e 2022, agendada para esta segunda-feira. A previsão agora é dia 16 de novembro.

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