Presidente de comissão do Senado quer sabatinar diretores do BC na 3a-feira, mesmo com Congresso esvaziado

Por Ricardo Brito

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, Vanderlan Cardoso (PSD-GO), disse à Reuters que vai pautar a sabatina dos dois novos indicados à diretoria do Banco Central para a próxima terça-feira, mesmo com a expectativa de esvaziamento da Casa na semana em virtude da vários parlamentares estarem integrando a comitiva brasileira na COP28.

"O Banco Central não pode ficar sem diretores, temos de dar agilidade às indicações", disse o senador.

O professor da FGV Paulo Picchetti e o servidor de carreira Rodrigo Alves Teixeira são os indicados do governo para substituir os diretores Fernanda Guardado (Assuntos Internacionais) e Maurício Moura (Relacionamento), cujos mandatos se encerram no final do ano.

Como mostrou a Reuters, o governo quer que os nomes sejam aprovados a tempo de poderem para participar da primeira reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do ano, em 30 e 31 de janeiro.

A indicação de Picchetti será relatada pelo senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR) e a de Teixeira, por Nelsinho Trad (PSD-MS).

A intenção do presidente da CAE é tentar realizar na próxima semana pelo menos a sabatina, fase em que os indicados fazem uma apresentação e respondem a perguntas dos parlamentares da comissão.

Se houver quorum no colegiado, segundo o senador, também será realizada a votação dos diretores, que ocorre de forma presencial. É preciso ao menos 14 dos 27 votos da comissão para aprovação dos nomes. Em seguida, as indicações são encaminhadas ao plenário do Senado, onde também passam por votação.

O presidente da CAE afirmou que, se houver condições, também vai tentar pautar, a partir da quarta-feira, a sabatina dos quatro nomes indicados pelo governo para o tribunal do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

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Conforme a Reuters mostrou no início do mês, o Cade está com os julgamentos paralisados desde outubro por falta de quorum, após o fim do mandato de quatro dos sete conselheiros do órgão.

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