Presidente do BC da China se compromete a sustentar crescimento e defende reformas

HONG KONG/PEQUIM (Reuters) - O presidente do banco central da China disse nesta terça-feira que a política monetária permanecerá expansionista para dar suporte à economia, mas pediu reformas estruturais ao longo do tempo para reduzir a dependência da infraestrutura e do setor imobiliário para o crescimento.

Pan Gongsheng disse em uma conferência em Hong Kong que o impulso econômico dos últimos meses sugere que a China atingirá sua meta de crescimento para 2023 de cerca de 5%.

"Estou confiante de que a China terá um crescimento saudável e sustentável em 2024 e nos anos seguintes", acrescentou.

Pan disse que espera que a inflação ao consumidor aumente nos próximos meses, já que as quedas nos preços dos alimentos, especialmente da carne suína, não serão sustentadas.

Os preços ao consumidor da China caíram em outubro, com indicadores da demanda doméstica apontando para uma fraqueza não vista desde a pandemia, enquanto a deflação nos portões de fábrica se aprofundou.

O governo lançou uma série de medidas este ano para sustentar recuperação econômica pós-pandemia, afetada por uma desaceleração do setor imobiliário, riscos de dívidas de governos locais, crescimento global lento e tensões geopolíticas.

Em outubro, a China revelou um plano para emitir 1 trilhão de iuanes (139,84 bilhões de dólares) em títulos soberanos até o final do ano, elevando a meta de déficit orçamentário de 2023 para 3,8% do Produto Interno Bruto (PIB), em relação aos 3% originais.

O banco central também implementou cortes modestos nas taxas de juros e injetou mais dinheiro na economia nos últimos meses, comprometendo-se a manter o suporte.

"No futuro, o Banco do Povo da China continuará a manter sua política monetária expansionista para dar suporte à economia", disse Pan.

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(Reportagem de Xie Yu e Selena Li em Hong Kong, Albee Zhang e Kevin Yao em Pequim)

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