Vendas da H&M no trimestre caem mais do que o esperado

Por Helen Reid e Anna Ringstrom

ESTOCOLMO (Reuters) - As vendas em moeda local da rede de varejo de moda H&M caíram no quarto trimestre, com a companhia sueca perdendo terreno em relação à Inditex, dona da Zara, que relatou um aumento nas vendas no início desta semana.

As vendas da H&M caíram 4% contra expectativas dos analistas de um declínio de 3%. Essa foi a maior queda desde o terceiro trimestre do ano passado. A empresa anunciou mais cedo neste ano que vai abrir lojas e atuar no comércio online no Brasil em 2025.

A Inditex divulgou na quarta-feira um aumento de 15% nas vendas em moeda local nos nove meses até outubro e um aumento de 14% nas seis semanas seguintes.

No entanto, o número da H&M foi uma melhoria em relação à queda de 10% prevista para setembro, quando o clima excepcionalmente quente prejudicou as vendas das coleções de outono/inverno em todo o setor no hemisfério norte.

A H&M, a segunda maior varejista de moda do mundo listada em bolsa depois da Inditex, tem priorizado margem de lucro em relação às vendas, com o objetivo de vender produtos mais caros e fazer menos descontos, enquanto se esforça para atingir uma margem operacional de 10% em 2024.

As ações da H&M superaram o desempenho da Inditex este ano, com alta de cerca de 56%, já que os investidores apostam na capacidade da empresa de se recuperar depois que a inflação prejudicou sua lucratividade.

Aumentos de preços ajudaram a empresa a aumentar margem operacional para 5,9% nos primeiros nove meses de seu ano fiscal, em comparação com 3,9% no mesmo período do ano passado.

Em coroas suecas, as vendas líquidas do trimestre ficaram praticamente inalteradas em 62,6 bilhões de coroas (6,10 bilhões de dólares), contra uma previsão média de 63,2 bilhões do mercado.

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