Ex-jogador Marcelinho Carioca se pronuncia após sequestro em São Paulo

SÃO PAULO (Reuters) - O ex-jogador e ídolo da torcida do Corinthians Marcelinho Carioca se pronunciou nesta segunda-feira sobre os momentos em que foi mantido em cativeiro na Grande São Paulo, após ser sequestrado na véspera depois de um show na Neo Química Arena, em Itaquera.

Em entrevista na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) em São Paulo, o ex-jogador conta que, após sair do show, estava em rua próxima a casa de uma amiga quando foi abordado.

"Chegaram três indivíduos e me abordaram. E aí eu tomei essa coronhada na minha cabeça, depois eu não vi mais nada. Quando entrei no carro já colocaram o capuz e eu não vi mais nada."

Em relação a um vídeo que circula nas redes sociais no qual o ex-jogador afirma ter sido sequestrado pelo marido de uma mulher com quem saiu para um show -- e que não sabia do estado civil dela -- Marcelinho Carioca disse que foi obrigado a dizer a mensagem.

"Fui obrigado a falar ... A Taís é brilhante, uma mulher guerreira, uma mulher de fibra, uma mulher família, uma mulher trabalhadora, que não tem nada a ver, simplesmente amizade."

Ele afirmou que os sequestradores queriam dinheiro.

Imagens na TV mostraram mais cedo uma viatura com o que parecia ser o ex-jogador no seu interior chegando à delegacia de Itaquaquecetuba, na Grande São Paulo.

Segundo o delegado da Polícia Civil e secretário-executivo da Secretaria de Segurança Pública do Estado, Osvaldo Nico Gonçalves, cinco pessoas foram presas em suposta relação com o caso e uma sexta deverá ser ouvida como testemunha.

A Polícia Civil não divulgou a motivação do sequestro.

Continua após a publicidade

Mais cedo, o delegado disse que, entre os presos, está um suspeito que teria recebido 30 mil reais como parte do resgate solicitado pelos sequestradores.

Marcelinho, de 51 anos, foi campeão brasileiro em 1998 e 1999, mundial em 2000 e da Copa do Brasil de 1995 com a camisa do Corinthians. Ele também teve passagem pela seleção brasileira.

(Por Eduardo Simões e Patrícia Vilas Boas)

Deixe seu comentário

Só para assinantes