Dólar à vista cai ante real com mercado de olho nos EUA e no Congresso

Por Fabricio de Castro

SÃO PAULO (Reuters) -O dólar à vista abriu a sexta-feira em baixa ante o real, acompanhando o recuo da moeda norte-americana ante a maior parte das demais divisas no exterior, com investidores à espera de novos dados de inflação nos Estados Unidos e da votação da Lei Orçamentária Anual (LOA) no Congresso brasileiro.

Às 9:11 (de Brasília), o dólar à vista recuava 0,33%, a 4,8721 reais na venda.

Na B3, às 9:11 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,25%, a 4,8720 reais.

Esta sexta-feira encerra a última semana completa de 2023, e a expectativa é de que a liquidez dos mercados já seja menor, em especial durante a tarde, com investidores fazendo os últimos ajustes para as pausas de Natal e Ano Novo.

Até lá, porém, sai nos EUA às 10h30 o índice PCE, medida preferida de inflação do Federal Reserve. Os investidores avaliarão o resultado em busca de pistas sobre o espaço do Fed para de fato iniciar o ciclo de cortes de juros em março do próximo ano, como vem sendo precificado no mercado de títulos norte-americano.

"Em janelas de tempo menores, como o acumulado de 6 meses, por exemplo, o indicador já deve mostrar uma inflação ainda mais próxima dos 2,0%. Assim, caso confirmadas estas estimativas, o dado pode sacramentar mais uma semana positiva para ativos de risco", pontuou a equipe da Guide em comentário enviado a clientes.

O título norte-americano de dez anos -- referência global de investimentos -- voltava a recuar na manhã desta sexta-feira, o que favorecia a queda do dólar ante diversas divisas, incluindo o real.

No Brasil, as atenções seguem voltadas para o Congresso, que deve votar a LOA de 2024. O governo corre para aprovar a proposta antes do recesso parlmentar.

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Na quinta-feira, o dólar à vista fechou o dia cotado a 4,8880 reais na venda, em baixa de 0,48%.

O Banco Central fará nesta sessão leilão de até 16 mil contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 1° de fevereiro de 2024.

(Edição de Camila Moreira e Eduardo Simões)

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