MicroStrategy compra US$616 mi em bitcoins antes da decisão da SEC sobre o ETF à vista

Por Arasu Kannagi Basil e Manya Saini

(Reuters) - A empresa de software MicroStrategy disse nesta quarta-feira que comprou 615,7 milhões de dólares em bitcoins, em meio às crescentes expectativas de que o principal órgão regulador dos mercados dos Estados Unidos aprovará em breve um fundo negociado em bolsa (ETF) de bitcoin.

A empresa e suas subsidiárias compraram cerca de 14.620 bitcoins a um preço médio de aproximadamente 42.110 dólares entre 30 de novembro e 26 de dezembro, informou a companhia em comunicado ao mercado.

As ações da MicroStrategy saltavam mais de 9% nas negociações desta tarde. A  empresa acumula valorização de mais de 350% este ano, enquanto o bitcoin subiu quase 160%.

A iniciativa da MicroStrategy de comprar bitcoin para proteger o valor de seus ativos de reserva ajudou a fortalecer o apelo das ações da empresa, que tendem a se mover em conjunto com o ativo digital.

"Essa não é uma estratégia de negociação de curto prazo, mas reflete a crença de que o bitcoin acabará se mostrando uma reserva de valor superior", disseram analistas da TD Cowen.

"A empresa continua sendo um veículo atraente para investidores que buscam ganhar exposição ao bitcoin", acrescentou a corretora.

Nos últimos meses, uma série de empresas, inclusive de pesos pesados das finanças tradicionais, como a BlackRock, voltaram aos mercados de criptomoedas apesar do colapso de várias companhias do setor, como a corretora norte-americana FTX.

Um ETF de moeda digital à vista acompanha o preço de mercado da criptomoeda, dando aos investidores exposição ao token sem ter que comprá-lo.

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A MicroStrategy, que começou a comprar a bitcoin em 2020, disse que, junto com as subsidiárias, agora detém cerca de 189.150 bitcoins comprados por cerca de 5,9 bilhões de dólares.

A empresa disse que seus investimentos em bitcoin são destinados a participações de longo prazo e que espera continuar a acumular a maior e mais conhecida criptomoeda do mundo.

"Devido à sua oferta limitada, o bitcoin oferece a oportunidade de valorização se sua adoção aumentar e tem o potencial de servir como proteção contra a inflação no longo prazo", disse a empresa em seu último relatório trimestral.

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