Boeing diz que companhias aéreas chinesas retomaram operação de todos 737 MAX em 2023

PEQUIM/SEUL (Reuters) - Todos os aviões Boeing 737 MAX operados por companhias aéreas chinesas estão de volta ao serviço no final de 2023, disse o chefe da fabricante norte-americana de aviões na China nesta sexta-feira, quase um ano depois de terem começado a retornar após uma paralisação global em 2019.

O modelo mais vendido da Boeing foi suspenso após acidentes fatais na Indonésia e na Etiópia. O MAX voltou a operar em todo o mundo a partir do final de 2020, após modificações na aeronave e no treinamento dos pilotos, mas as aéreas chinesas começaram a retomar as operações com as aeronaves apenas em janeiro de 2023.

“Todos os 737 MAX da aviação civil da China retomaram as operações”, disse o presidente-executivo da Boeing China, Liu Qing, nas redes sociais chinesas, acrescentando que isso equivale a quase 100 aviões.

Liu também disse que a Boeing entregou novos aviões a clientes chineses este ano, embora não tenha especificado quais modelos.

A Boeing fez na semana passada sua primeira entrega direta de um 787 Dreamliner para a China desde 2019, um passo visto como um possível prelúdio para o fim do congelamento de Pequim nas entregas do 737 MAX.

A Boeing está praticamente impedida de receber novos pedidos da China desde 2017, em meio às tensões comerciais sino-americanas.

Um reinício das entregas do MAX representaria uma redefinição do relacionamento da Boeing com a China e seria um benefício financeiro que lhe permitiria descarregar dezenas de aviões em seu estoque.

(Reportagem de Sophie Yu, em Pequim, e Lisa Barrington, em Seul)

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