Setor de aviação deve avaliar questões de qualidade para reduzir riscos, diz Gol

Por Gabriel Araujo

SÃO PAULO (Reuters) - A Gol acredita que problemas de qualidade em toda a indústria da aviação devem ser avaliados e planos de mitigação implementados para que riscos possam ser minimizados, disse a companhia aérea brasileira nesta quinta-feira.

Os comentários da Gol em resposta a questões enviadas pela Reuters seguem um incidente com um Boeing 737 MAX 9 da Alaska Airlines na semana passada, em que uma das portas da aeronave se soltou da fuselagem em pleno voo.

O presidente-executivo da Boeing, Dave Calhoun, reconheceu erros da fabricante de aviões norte-americana.

“Em toda a indústria da aviação, todos os problemas de qualidade sem dúvida devem ser avaliados, com a criação de planos de ações de mitigação dos problemas e riscos”, disse a Gol, que é a segunda maior companhia aérea do Brasil em termos de passageiros transportados.

A Gol destacou que a própria Boeing e outros fabricantes têm seus processos auditados pela Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA, na sigla em inglês) “para que problemas como este sejam sanados e evitados no futuro”.

A companhia aérea brasileira opera cerca de 40 aeronaves MAX 8 e tem pedidos para o MAX 10, para o qual a Boeing ainda aguarda certificação. A Gol não possui aeronaves MAX 9 em sua frota.

Outras companhias aéreas também demonstraram preocupação com questões de qualidade no setor. O presidente-executivo da irlandesa Ryanair, Michael O'Leary, disse à Reuters que a Boeing fez "tremendos avanços" na qualidade da produção nos últimos dois anos, mas "ainda não chegou lá".

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