GM tem perspectiva otimista para 2024 com aposta em economia "resiliente" dos EUA

Por Joseph White

DETROIT, Estados Unidos (Reuters) - A General Motors divulgou nesta terça-feira lucro antes de impostos menor para o quarto trimestre, mas ofereceu aos investidores uma perspectiva otimista para 2024, sinalizando a possibilidade de maiores retornos aos acionistas.

“Está crescendo o consenso de que a economia dos Estados Unidos, o mercado de trabalho e as vendas de automóveis continuarão a ser resilientes”, disse a presidente-executiva da GM, Mary Barra, a investidores.

Em contrapartida, o presidente-executivo da Tesla, Elon Musk, alertou investidores na semana passada para um ano de crescimento lento para a montadora mais valiosa do mundo, o que gerou uma liquidação das ações da empresa que reduziu o valor de mercado da companhia em 80 bilhões de dólares.

A GM aposta em forte demanda por picapes e SUVs a combustão na América do Norte, na redução de custos e no aumento das vendas de sua nova geração de veículos elétricos após as vendas de 2023 não terem atingido expectativas. A GM projeta que a participação das vendas totais de veículos elétricos este ano subirá para 10% do mercado norte-americano, de 7% em 2023.

O diretor financeiro da GM, Paul Jacobson, disse que a montadora espera que suas operações de veículos elétricos comecem a dar lucro no segundo semestre do ano.

Em carta aos acionistas, Barra destacou as medidas da montadora para retornar proventos aos acionistas, como os 12 bilhões de dólares em 2023 por meio de uma recompra de ações de 10 bilhões e um aumento de 33% nos dividendos.

A GM “continuará devolvendo consistentemente o excesso de fluxo de caixa livre aos acionistas”, disse a empresa em apresentação.

A montadora prevê lucro ajustado antes de impostos em uma faixa de 12 bilhões a 14 bilhões de dólares este ano, ante 12,4 bilhões registrados em 2023. 

Continua após a publicidade

No quarto trimestre, a GM teve alta de 5,2% no lucro líquido, para 2,1 bilhões de dólares sob receitas de 43 bilhões. O lucro ajustado antes de impostos caiu 54%, para 1,8 bilhão de dólares. Segundo a empresa, a queda refletiu o impacto das greves promovidas pelo sindicato United Auto Workers no ano passado, custos mais elevados na unidade de carros autônomos Cruise e uma baixa contábil de 1,1 bilhão de dólares relacionada a células de bateria de veículos elétricos mantidas em estoque.

Deixe seu comentário

Só para assinantes