Disney supera previsão de lucros e aumenta dividendos em 50%
Por Dawn Chmielewski e Lisa Richwine
LOS ANGELES (Reuters) - A Walt Disney superou com folga as expectativas de lucros de Wall Street nesta quarta-feira, impulsionada por resultados recordes em seus parques temáticos e esforços contínuos de corte de custos, mesmo com a receita ficando aquém das estimativas dos analistas.
O conselho de administração da Disney também autorizou um programa de recompra de ações de 3 bilhões de dólares para o ano fiscal atual e declarou um dividendo de 0,45 dólar por ação, a ser pago em 25 de julho aos acionistas registrados em 8 de julho. Isso representa um aumento de 50% em relação ao dividendo pago em janeiro.
A empresa registrou lucro de 1,22 dólar por ação, excluindo determinados itens, acima da previsão de consenso dos analistas de 0,99 dólar por ação para o período de outubro a dezembro.
A receita trimestral foi comparável à de um ano atrás, de 23,5 bilhões de dólares, mas ficou aquém das projeções de 23,6 bilhões de dólares.
A Disney disse que cortou 500 milhões de dólares em custos em todos as suas unidades durante o trimestre e que seguia no caminho para atingir ou exceder 7,5 bilhões de dólares em economias até o final do atual ano fiscal.
"Há apenas um ano, delineamos um plano ambicioso para devolver a Walt Disney Company a um período de crescimento sustentado e criação de valor para os acionistas", disse o presidente-executivo da Disney, Bob Iger, em um comunicado. "Nosso forte desempenho no último trimestre demonstra que viramos a página e entramos em uma nova era de crescimento para nossa empresa."
A unidade Experiences da empresa, que inclui seus parques temáticos e produtos de consumo, registrou recorde de receita, lucro operacional e margens operacionais.
A Disney reafirmou o guidance de que sua unidade de streaming alcançará lucratividade até setembro. Ela reduziu as perdas operacionais de streaming para 138 milhões de dólares no trimestre, uma melhoria significativa em relação ao ano anterior, quando o prejuízo foi de quase 1 bilhão de dólares.
O serviço de streaming Disney+ perdeu 1,3 milhão de assinantes, quase o dobro da perda de 700 mil que os analistas previam, após um aumento de preço em outubro.
A empresa previu que ganharia de 5,5 milhões a 6 milhões de assinantes do Disney+ em seu segundo trimestre, com um impulso positivo na receita por usuário.
O negócio de streaming da unidade de Entretenimento, que também inclui o Hulu e o Disney+ Hotstar na Índia, registrou uma receita de 5,5 bilhões de dólares, um pouco acima das previsões, e uma melhora de 15% em relação ao ano anterior.
A receita geral do segmento de entretenimento, que engloba os negócios tradicionais de TV, streaming e filmes da Disney, caiu 7% em relação ao ano anterior, para 9,98 bilhões de dólares.
Os resultados foram prejudicados pela redução da receita de anúncios na ABC e pelas menores taxas decorrentes da perda contínua de assinantes de TV a cabo, parcialmente compensadas pela redução dos custos de programação associados às greves de Hollywood. O fraco desempenho de bilheteria de "As Marvels" e "Wish - O Poder dos Desejos", em comparação com os fortes resultados de um ano atrás de "Pantera Negra: Wakanda Para Sempre" e "Avatar: A Forma da Água", levou as vendas de conteúdo e licenciamento a um prejuízo.
A divisão de esportes da Disney, que inclui a ESPN, o serviço de streaming ESPN+ e a Star in India, registrou uma receita de 4,8 bilhões de dólares, um ganho de 4% em relação ao ano anterior, mas um prejuízo operacional de 103 milhões de dólares, atribuível a uma perda cada vez maior na Star in India.
Os resultados dos parques temáticos foram impulsionados pela abertura da atração World of Frozen na Disneylândia de Hong Kong e Zootopia no Disney Resort de Xangai. A maior frequência nesses parques ajudou a compensar a queda no Walt Disney World em Orlando, Flórida. A unidade registrou receita de 9,1 bilhões de dólares e lucro operacional de 3,1 bilhões de dólares.
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