Retorno das chuvas favorece soja do RS, mas algumas áreas têm perdas, diz Emater
SÃO PAULO (Reuters) - O retorno das chuvas em todo o Rio Grande do Sul, com volumes expressivos, foi "importantíssimo" para o desenvolvimento das lavouras de soja da safra 2023/24, principalmente para as áreas em estágio reprodutivo que chegaram a sofrer algum estresse hídrico entre janeiro e parte de fevereiro, afirmou nesta quinta-feira a Emater.
Por outro lado, em algumas regiões como o noroeste do Rio Grande do Sul, importante produtor brasileiro de soja, o tempo seco registrado anteriormente causou perdas, disse em relatório a empresa de assistência técnica ligada ao governo gaúcho.
A Emater citou a região de Santa Rosa, que tinha a estimativa inicial de produtividade de 3.321 kg/ha, mas que não será alcançada devido ao período seco e com temperaturas elevadas ocorridas no final de janeiro e em fevereiro.
"O percentual pode chegar a 12% de perda... Dessa forma, a expectativa atual é de 2.922 kg/ha", afirmou a Emater, ponderando que algumas lavouras ainda podem recuperar a capacidade produtiva, dependendo das condições meteorológicas até o final do ciclo.
Em uma estimativa divulgada no início do mês, a estatal Conab projetou uma safra 68% maior no Estado na temporada atual, a 21,9 milhões de toneladas. O forte crescimento se dá após uma safra frustrada no ano passado por conta da seca.
A próxima semana deve ter calor e o retorno da chuva no Estado, adicionou a Emater.
FASES DA LAVOURA
A empresa de assistência técnica relatou que algumas lavouras plantadas precocemente (menos de 1%), em especial as cultivadas próximas ao Rio Uruguai, já foram colhidas. Ali, as produtividades estão boas, em torno de 3.900 kg/ha.
Segundo a Emater, 34% da safra está em floração, 47% em enchimento de grãos, e 3% entraram em maturação. O restante da safra ainda está em desenvolvimento vegetativo.
(Por Roberto Samora)
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