GreenYellow fecha novo acordo com Prime Energy, da Shell, para 16,93 MWp em usinas solares

SÃO PAULO (Reuters) - A francesa GreenYellow fechou um acordo com a Prime Energy, comercializadora de energia do grupo Shell no Brasil, para a construção de três usinas solares, somando 16,93 megawatts-pico (MWp) de capacidade instalada, disseram as empresas à Reuters.

A energia produzida pelas novas fazendas fotovoltaicas, que ficarão nos Estados do Piauí e São Paulo, será comercializada para clientes finais pela Prime por meio de suas operações de geração distribuída compartilhada.

A modalidade de geração compartilhada atende consumidores com energia renovável produzida remotamente, dispensando instalação de painéis solares no local de consumo. Os clientes recebem energia da rede e passam a ver descontos em relação às tarifas cobradas pelas distribuidoras no mercado regulado, dados os incentivos regulatórios ao segmento.

A nova contratação de fazendas solares expande um primeiro acordo fechado entre as companhias no ano passado, quando a Prime havia fechado a construção de 26,39 MWp em usinas solares nos Estados da Bahia, Piauí e Ceará.

"Planejamos operar 100 MWp de geração descentralizada ainda em 2024, o que deve nos posicionar como um dos maiores players de 'GD compartilhada' do Brasil, com operação em 14 concessionárias", afirmou Guilherme Perdigão, CEO da Prime Energy, em nota.

O presidente da GreenYellow no Brasil, Marcelo Xavier, afirmou que o crescimento da geração compartilhada tem trazido benefícios para a competitividade no segmento e multiplicando a oferta de energia "mais barata, acessível e renovável" em várias regiões do Brasil.

"Neste contexto, a GreenYellow tem ampliado seus negócios e estabelecido parcerias-chave no âmbito da geração de energia solar", acrescentou.

Atuando no mercado brasileiro desde 2014, a multinacional francesa de soluções em energia possui mais de 80 usinas conectadas ou em construção, superando 240 MWp em capacidade instalada.

Com grandes clientes na carteira, como as varejistas Magazine Luiza e Pão de Açúcar e as telecoms Oi e Claro, a GreenYellow tem metade de seu portfólio voltado ao autoconsumo remoto de energia para clientes finais. A outra metade está concentrada em usinas para geração compartilhada.

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Além dos impactos econômicos do crescimento do mercado solar, as empresas destacaram os benefícios ambientais. Os 16,93 MWp contratados seriam capazes de evitar a emissão de mais de 1.400 toneladas de CO2, no período de um ano, afirmaram.

(Por Letícia Fucuchima)

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