Tenda reduz prejuízo a R$19,6 mi no 4º trimestre

Por Patricia Vilas Boas

(Reuters) - A construtora Tenda reduziu seu prejuízo líquido consolidado para 19,6 milhões de reais no quarto trimestre do ano passado, após perdas de 23,8 milhões nos três meses anteriores e de 155,1 milhões no último trimestre de 2022, mostrou balanço divulgado nesta quinta-feira.

A marca Tenda, principal negócio da construtora, apurou lucro líquido de 2,9 milhões de reais nos meses de outubro a dezembro de 2023, revertendo resultados negativos tanto no trimestre imediatamente anterior quanto um ano antes.

A Alea, divisão de casas pré-fabricadas da construtora, no entanto, viu seu prejuízo ser elevado no período ante o trimestre anterior a 22,6 milhões de reais, mas um pouco menor que no último trimestre de 2022.

O diretor financeiro da companhia, Luiz Mauricio Garcia, classificou 2023 como o "ano da virada" para a Tenda, que continuará focada no segmento de menor renda este ano.

"Para 2024, nossa prioridade continua sendo que a Tenda volte a ser exemplo de eficiência e rentabilidade no segmento de habitação popular no Brasil", afirmou o executivo em relatório de resultados. Também disse que prevê tornar a Alea rentável a partir de 2025.

Garcia expressou otimismo em relação às oportunidades e desafios decorrentes do lançamento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) Futuro e da regulamentação do Regime Especial de Tributação (RET) de 1% para empreendimentos da faixa mais baixa do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida.

A receita líquida consolidada da construtora subiu 19,6% no quarto trimestre na base anual, para 754,9 milhões de reais.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado somou 47,3 de reais no período, versus um resultado negativo de 54,2 milhões de reais no último trimestre de 2022. A margem Ebitda ajustada ficou em 6,3%, de -8,6% um ano antes.

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As vendas líquidas do grupo totalizaram um valor geral de vendas (VGV) de 842,4 milhões de reais no trimestre, aumento de 25% ano a ano, enquanto os lançamentos somaram VGV de 1,15 bilhão de reais, alta de 52,4% na mesma comparação, com 21 empreendimentos lançados no período.

A construtora anunciou também suas projeções para 2024, esperando margem bruta ajustada entre 29%-31% para Tenda e 9%-11% para Alea, além de vendas líquidas de 3,2 bilhões a 3,5 bilhões de reais para Tenda e de 400 milhões a 500 milhões de reais para Alea.

A empresa também previu Ebitda ajustado positivo entre 375 milhões e 425 milhões de reais para a marca Tenda, e, para a marca Alea, por sua vez, resultado negativo de 50 milhões a 30 milhões de reais.

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