Congresso dos EUA evita paralisação do governo e aprova projeto de lei de US$1,2 tri

Por Richard Cowan e David Morgan e Makini Brice

WASHINGTON (Reuters) - O Congresso dos Estados Unidos aprovou neste sábado por esmagadora maioria um projeto de lei orçamentária de 1,2 trilhão de dólares, que mantém o governo financiado durante o ano fiscal iniciado há seis meses e será encaminhado para o presidente norte-americano, Joe Biden, sancionar e evitar uma paralisação parcial.

Foram 74 votos a favor e 24 votos contra.

As principais agências federais, incluindo os departamentos de Segurança Nacional, Justiça, Estado e Tesouro, que abriga o Internal Revenue Service (IRS), equivalente da Receita Federal nos EUA, permanecerão financiadas até 30 de setembro, após a aprovação do projeto de lei no Senado, de maioria democrata.

Porém, a medida não incluiu o financiamento para grande parte da ajuda militar à Ucrânia, Taiwan ou Israel, que estão incluídos em um projeto de lei diferente aprovado pelo Senado que a Câmara dos Deputados, liderada pelos republicanos, ignorou.

A comunidade empresarial recebeu com satisfação a aprovação da lei de despesas e se comprometeu a continuar trabalhando junto às autoridades para promover uma legislação que melhore os incentivos fiscais para empresas e famílias de baixa renda.

Os líderes do Senado passaram horas na sexta-feira negociando uma série de emendas ao projeto de lei orçamentária que acabaram sendo derrotadas. O atraso acabou indo para além do prazo da meia-noite de sexta-feira, no horário local.

Mas o gabinete de gestão e orçamento da Casa Branca emitiu um comunicado dizendo que as agências não seriam obrigadas a fechar, expressando confiança de que o Senado aprovaria prontamente o projeto de lei, o que aconteceu.

Enquanto o Congresso discutia o projeto de lei, profundas divisões partidárias ficaram novamente em evidência, bem como amargos desacordos dentro da estreita e fragmentada maioria republicana da Câmara. A deputada conservadora Marjorie Taylor Greene ameaçou forçar uma votação para tirar o presidente da Câmara, Mike Johnson, um colega republicano, por permitir a aprovação da medida.

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O projeto de lei de 1.012 páginas fornece 886 bilhões de dólares em financiamento para o Departamento de Defesa, incluindo um aumento para as tropas norte-americanas. Biden, um democrata, tem indicado que o sancionará.

(Por Richard Cowan, David Morgan e Makini Brice; reportagem adicional de Doina Chiacu)

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