IRB pode pagar dividendos em 2025, diz presidente

Por Alberto Alerigi

SÃO PAULO (Reuters) - O IRB poderá pagar dividendos aos acionistas no próximo ano, depois de encerrar em 2024 os prejuízos acumulados nos últimos anos, afirmou o presidente da resseguradora, Marcos Falcão, nesta segunda-feira.

"Temos prejuízos acumulados, mas se tudo correr bem este ano deveremos encerrar o prejuízo acumulado todo, ou parte dele, e em 2025 esperamos pagar dividendo", disse o executivo, durante conferência com analistas após a publicação do resultado de quarto trimestre da companhia.

O executivo comentou ainda que a companhia espera elevar os prêmios deste ano "em pelo menos 10%".

As ações do IRB exibiam alta de cerca de 3% às 13h45, entre as principais altas do Ibovespa, que mostrava variação negativa de 0,7%. A companhia teve lucro líquido de 38 milhões de reais nos três últimos meses do ano passado, apoiada em forte redução da sinistralidade, que passou de quase 94% no final de 2022 para 55,2% no quarto trimestre de 2023.

Analistas da Genial Investimentos afirmaram que apesar do lucro ter ficado abaixo do esperado, a companhia "mostra uma trajetória de melhora na lucratividade".

Os analistas comentaram ainda que "isso sugere que o processo de reestruturação pode estar tendo efeito e podemos vislumbrar mais resultados positivos nos próximos trimestres".

Em seus comentários, Falcão afirmou que espera que o IRB encerre este ano com resultado de prêmios alinhado com o mercado, mas "com crescimento de lucro substancial".

Mais cedo, o IRB anunciou que Falcão vai assumir interinamente a diretoria financeira da companhia, depois que o executivo indicou o atual ocupante do cargo, Rodrigo de Souza Lobo Botti, para ser vice-presidente de inovação e tecnologia. Falcão afirmou que vai acumular a diretoria financeira por "pelo menos seis meses".

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Sobre a estratégia futura, o vice-presidente de resseguros, Hugo Irigoyen, afirmou que o IRB alterou as participações de Brasil, América Latina e outros mercados internacionais no foco de prêmios emitidos da companhia. De uma distribuição de 80%, 15% e 5%, o grupo agora quer uma divisão de 70%, 20% e 10%.

"Percebemos que as oportunidades que queremos na América Latina em 2024 são bem maiores que o pensado inicialmente", disse Irigoyen. "Não é só América Latina, mas também na Europa veremos algumas oportunidades", acrescentou, afirmando que na Europa a empresa pretende acompanhar o mercado sem fazer "nenhuma loucura".

(Com reportagem adicional de Gabriel Araujo)

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