Inflação ainda é muito alta para corte de juros, diz presidente do Fed de Kansas City

Por Michael S. Derby

NOVA YORK (Reuters) - O presidente do Federal Reserve de Kansas City, Jeff Schmid, disse nesta sexta-feira que o banco central dos Estados Unidos não deveria estar avaliando cortes na taxa de juros neste momento, porque a inflação continua acima de sua meta de 2% e o mercado de trabalho é forte.

"Com a inflação ainda acima de 2% e os mercados de trabalho ainda apertados, é apropriado que a política monetária permaneça restritiva", disse Schmid em comentários preparados para um discurso na Conferência de Futuros de Commodities Agrícolas de 2024.

A inflação começou 2024 em um ritmo muito alto e "esses dados recentes ressaltam o que acredito ser a necessidade de o Federal Reserve ser paciente enquanto esperamos por evidências claras e convincentes de que a inflação está no caminho certo para retornar de forma sustentável a 2%", disse Schmid.

A fala surgiu no momento em que uma série de dados sobre a inflação e contratações levou uma ampla gama de autoridades do Fed a dizer que, embora os cortes nos juros continuem prováveis este ano, o pontapé inicial para a flexibilização da política monetária pode vir mais tarde. Além disso, a extensão das reduções de juros pode ser menor do que o esperado recentemente.

Schmid observou que o mercado de trabalho continua forte em meio a evidências que sugerem que ele ainda está um pouco desequilibrado. A autoridade disse ainda que o crescimento econômico continua acima da tendência e que a atividade tem sido resiliente diante dos aumentos agressivos da taxa básica do Fed, que elevou os juros em 5,25 pontos percentuais desde março de 2022.

O chefe do Fed de Kansas City afirmou que o mercado de trabalho provavelmente precisará ficar mais fraco para que a inflação volte à meta, observando que "provavelmente será necessário alcançar um melhor equilíbrio no mercado de trabalho".

((Tradução Redação Brasília)) REUTERS VB FDC

Deixe seu comentário

Só para assinantes