Southwest Airlines corta novamente previsão de entrega de jatos da Boeing

(Reuters) - A Southwest Airlines informou nesta quinta-feira que antecipa menos da metade das entregas de novas aeronaves que esperava receber anteriormente da Boeing em 2024 e que tomará medidas para reduzir custos, como programas de folga voluntária, como forma de amortecer os impactos.

A companhia aérea de baixo custo também vai limitar as contratações e espera agora terminar o ano com cerca de 2.000 funcionários a menos em comparação com 2023.

A Southwest, cliente fiel da Boeing, espera receber 20 aeronaves este ano, em comparação com estimativa anterior de 46, dificultando os planos da companhia aérea de expandir sua capacidade para aproveitar o cenário de demanda robusta.

A empresa havia planejado originalmente receber 85 jatos em 2024, mas reduziu essas estimativas três vezes, incluindo este último corte.

A Reuters havia noticiado com exclusividade este mês as reduções nas entregas.

A Boeing tem estado sob forte escrutínio regulatório após um pedaço da fuselagem de um avião da Alaska Airlines se soltar da aeronave em pleno voo em 5 de janeiro, o que levou a investigações sobre os padrões de segurança e qualidade da fabricante em seus processos de produção.

A agência de aviação dos Estados Unidos também proibiu a Boeing de ampliar a produção de seu jato mais vendido, o 737 MAX, enquanto paira a incerteza em relação aos prazos de certificação para seus modelos MAX 7 e 10.

"As notícias recentes da Boeing sobre novos atrasos na entrega de aeronaves representam desafios significativos para 2024 e 2025", disse o presidente-executivo da Southwest, Bob Jordan, nesta quinta-feira.

A companhia aérea também reduziu suas expectativas de receita operacional para este ano e agora prevê crescimento de um dígito alto, ante projeção de crescimento de dois dígitos para a receita operacional versus o ano passado.

Continua após a publicidade

A Southwest registrou prejuízo de 231 milhões de dólares no primeiro trimestre, contra perda de 159 milhões um ano antes.

A companhia aérea também vai encerrar operações em quatro aeroportos para lidar com dificuldades de custos e capacidade.

(Reportagem de Shivansh Tiwary em Bengaluru)

Deixe seu comentário

Só para assinantes