Embraer tem visto melhora na cadeia de suprimentos, diz presidente
Por Gabriel Araujo
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS (Reuters) - O presidente-executivo da Embraer, Francisco Gomes Neto, disse nesta sexta-feira que a cadeia de suprimentos da fabricante brasileira de aeronaves tem melhorado, embora ainda haja alguns desafios a serem enfrentados ao longo de 2024.
"A cadeia de suprimentos tem melhorado, mas ainda tem alguns desafios para a gente resolver durante este ano", disse o executivo a jornalistas, após evento na sede da Embraer, em São José dos Campos (SP), que contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Gomes Neto afirmou no mês passado que as previsões de entregas para este ano poderiam ser maiores se não fossem os gargalos na cadeia de suprimentos.
A fabricante prevê entregar entre 125 e 135 jatos executivos em 2024, em comparação com 115 em 2023, e entre 72 e 80 aviões comerciais, acima dos 64 despachados no ano passado.
Ele acrescentou que a Embraer "vive um momento muito bom", após alguns anos difíceis devido à pandemia, e que está tentando convencer outras companhias aéreas de que seus aviões são uma solução vantajosa para suas operações.
Segundo o executivo, a empresa planeja investir cerca de 2 bilhões de reais no país este ano e contratar mais 900 pessoas.
A Embraer disse em comunicado após o evento que o investimento contempla atividade de pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias, como as que serão utilizadas no veículo aéreo urbano de pouso e decolagem verticais (eVtol), em produção pela subsidiária Eve.
O aporte também envolve a expansão de serviços aeronáuticos, que inclui conversão de aeronaves de passageiros em cargueiros, defesa e segurança, projetos de aumento de eficiência e ampliação da atividade industrial, acrescentou a nota.
No primeiro trimestre deste ano, a Embraer entregou 25 aeronaves, um aumento de 67% em relação ao ano anterior, sendo sete aviões comerciais e 18 jatos executivos.
(Reportagem adicional de Patrícia Vilas Boas, em São Paulo)
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