Oncoclínicas dispara mais de 14% após aumento de capital de R$1,5 bi

Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) -As ações da Oncoclínicas disparavam nesta quinta-feira, após o seu conselho de administração aprovar na véspera aumento do capital social da companhia de 1,5 bilhão de reais com a emissão de 115.384.616 ações ao preço de 13 reais cada para subscriçao privada.

A empresa afirmou que fundos de investimento Quíron e Tessália assumiram o compromisso de comprar ações na operação no valor de até 1 bilhão de reais, enquanto o presidente-executivo, Bruno Lemos Ferrari, que faz parte do bloco de controle, disse que irá subscrever 500 milhões de reais, segundo fato relevante.

Caso esses investidores subscrevam a totalidade das novas ações no aumento de capital, excluindo-se o valor do investimento pretendido pelo presidente, a nova participação deles será conjuntamente de aproximadamente 12,3%.

O preço da ação definido para o aumento de capital representa um prêmio em relação ao valor de mercado de 89% em comparação à média das cotações de fechamento ponderada pelo volume negociado na B3 entre 5 de abril e 17 de maio de 2024. Na véspera, os papéis terminaram o dia a 7,45 reais.

De acordo com a companhia, os recursos do aumento de capital serão destinados à redução da alavancagem financeira consolidada, à melhora da posição de caixa, à manutenção da estratégia de crescimento e continuidade dos planos de expansão orgânica, bem como ao uso corporativo geral.

A Oncoclínicas também divulgou projeção referente à alavancagem financeira para o final de 2024, com endividamento líquido sobre o Ebitda anualizado do quarto trimestre de 2 vezes.

Às 10h46, as ações da empresa avançavam 14,6%, a 8,54 reais.

Analistas do Bradesco BBI consideraram a operação positiva, citando que a capitalização deve ajudar a aliviar as preocupações do mercado sobre a alavancagem e potencial pressão de venda de uma oferta subsequente para levantar recursos.

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Em nota a clientes, os analistas também citaram o prêmio significativo pago ao preço de mercado na capitalização, com Bruno Ferrari também comprando as ações, além da forte recuperação esperada tanto no Ebitda quanto na geração de caixa implícita no guidance de alavancagem.

(Por Paula Arend Laier, edição Alberto Alerigi Jr.)

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