Tesla registra em agosto melhor mês do ano em vendas na China
PEQUIM (Reuters) - As vendas da Tesla na China registraram seu melhor mês do ano até agora em agosto, com a fabricante de veículos elétricos se beneficiando das vendas em cidades menores.
A Tesla informou que vendeu mais de 63.000 carros no maior mercado automotivo do mundo no mês passado, uma alta de 37% em relação a julho, mas provavelmente ainda abaixo de agosto do ano passado, quando vendeu 64.694 unidades.
Embora seja uma melhora animadora, o desempenho está muito aquém dos principais rivais chineses.
A BYD, a maior fabricante de veículos elétricos do mundo, informou que suas vendas na China aumentaram 35% em agosto em relação ao ano anterior, atingindo um recorde mensal de 370.854 unidades. Outros concorrentes locais, incluindo a Leapmotor e a Li Auto, também registraram vendas mais altas.
Como muitas outras montadoras, a Tesla tem sido gravemente prejudicada por uma prolongada guerra de preços na China, onde o crescimento econômico também tem sido lento e a confiança do consumidor frágil. Suas vendas no país asiático caíram 5% no primeiro semestre do ano.
Embora a Tesla tenha cortado sua força de vendas local como parte de uma redução global, vários fatores ajudaram o recente impulso das vendas.
Desde abril, a Tesla tem oferecido empréstimos a juros zero por até cinco anos para os compradores, enquanto vários governos locais tornaram os carros da montadora elegíveis para compras de veículos oficiais nas últimas semanas.
A empresa também recebeu uma importante aprovação regulatória neste ano, com a principal associação da indústria automobilística do país afirmando que a coleta de dados pelos veículos da Tesla estava em conformidade com as regulamentações, permitindo que seus carros entrassem em alguns complexos governamentais dos quais costumavam ser proibidos.
Uma análise do China Merchants Bank International sobre as vendas da Tesla na China em julho mostrou um aumento anual de 78% nas entregas nas chamadas cidades de nível três, enquanto suas vendas em cidades de segundo nível, como Hangzhou e Nanjing, cresceram 47%.
(Por Qiaoyi Li, Zhang Yan, Ethan Wang e Kevin Krolicki)
Deixe seu comentário
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.