Gustavo Pimenta assumirá comando da Vale em 1º de outubro
Por Marta Nogueira
(Reuters) - O conselho da Vale aprovou o início do mandato do próximo presidente da mineradora, Gustavo Pimenta, para 1º de outubro, informou a companhia em comunicado na noite de sexta-feira.
Dessa forma, o mandato de Eduardo Bartolomeo, atual presidente da companhia, será encerrado antecipadamente em 30 de setembro, não mais no fim do ano conforme estava previsto.
O conselho havia decidido no fim de agosto que Pimenta seria o próximo presidente. Na ocasião, o presidente do colegiado, Daniel Stieler, adiantou à Reuters que o novo CEO assumiria o comando ainda neste ano, assim que ele e Bartolomeo entendessem ser o momento certo.
Segundo Stieler disse na ocasião, o conselho buscou priorizar a definição da escolha de um novo presidente-executivo para a companhia o "quanto antes", de maneira responsável, de forma a evitar os ruídos com nomes de candidatos que surgiam no mercado.
O colegiado decidiu ainda pela nomeação, em caráter interino, do atual diretor global de Controladoria da companhia, Murilo Muller, para a posição de vice-presidente Executivo responsável pelas áreas de Finanças e Relações com Investidores da Vale, de 1º de outubro até 31 de dezembro.
Também foram aprovados pelo colegiado na véspera Heloisa Belotti Bedicks e Reinaldo Castanheira Filho para os cargos vagos de membros independentes do Conselho de Administração. A seleção, segundo a Vale, foi executada com o assessoramento da consultoria Korn Ferry.
A definição sobre os importantes cargos ocorreu após o governo ter feito com frequência duras críticas sobre os rumos da mineradora nos últimos meses e ter dado sinais públicos de que gostaria de influenciar na escolha de um novo executivo. A Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, é a principal acionista da companhia.
O conselho da Vale, porém, tem competência exclusiva para decidir sobre a escolha do presidente da companhia.
Privatizada na década de 1990, a Vale tornou-se nos últimos anos uma empresa com capital pulverizado, sem controle definido, e tem como acionistas mais relevantes a Previ, a Mitsui e a Blackrock.
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