Pedidos semanais de auxílio-desemprego nos EUA têm queda inesperada
WASHINGTON (Reuters) - O número de norte-americanos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego caiu inesperadamente na semana passada, apontando para um nível ainda baixo de demissões, o que pode aliviar os temores sobre a saúde do mercado de trabalho.
Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego caíram em 4.000 na semana passada, para 218.000 em dado com ajuste sazonal na semana encerrada em 21 de setembro, informou o Departamento do Trabalho nesta quinta-feira.
Economistas consultados pela Reuters previam 225.000 pedidos para a última semana.
Embora o mercado de trabalho tenha perdido força em meio à diminuição das vagas de emprego e à redução das contratações, as demissões permaneceram baixas e não há sinais de deterioração.
Os pedidos de auxílio-desemprego têm se mantido praticamente inalterados desde que caíram de 250.000, um recorde de 11 meses, no final de julho, após o fechamento temporário de fábricas na indústria automobilística.
Uma greve de cerca de 30.000 mecânicos da Boeing, que forçou a empresa aeroespacial a anunciar a dispensa temporária de dezenas de milhares de funcionários, incluindo o que ela disse ser "um grande número de executivos, gerentes e funcionários baseados nos EUA", pode aumentar os pedidos de auxílio-desemprego nas próximas semanas.
Os trabalhadores em greve não têm direito a benefícios de desemprego, mas a paralisação do trabalho pode causar problemas nos fornecedores da Boeing, além das licenças temporárias.
Na semana passada, o Federal Reserve cortou a taxa de juros em 50 pontos-base para a faixa de 4,75% a 5,00%, a primeira redução nos custos de empréstimos desde 2020, o que, segundo o chair do Fed, Jerome Powell, teve o objetivo de demonstrar o compromisso das autoridades em manter uma taxa baixa de desemprego.
(Reportagem de Lucia Mutikani)
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