Entenda por que colapso de banco do Vale do Silício causa apreensão em vários países
Em um movimento dramático no domingo (12), o Tesouro dos Estados Unidos assumiu o comando e forneceu uma salvação para os clientes do Silicon Valley Bank (SVB) protegendo todos os seus depósitos além dos limites federalmente segurados.
Esta medida foi tomada após o banco PNC Financial recusar qualquer oferta de aquisição do SVB, que atende a uma série de empresas de tecnologia do Vale do Silício. Sem esta ação decisiva do governo americano, estes clientes poderiam ter grandes prejuízos.
O SVB era uma potência no mundo financeiro, oferecendo recursos inestimáveis a empresas de tecnologia em setores-chave. Do software empresarial e fintech à tecnologia de fronteira e às ciências da vida, o empreendedorismo floresceu graças, em parte, à instituição, que proporcionava linhas de crédito para as start-ups.
A falência de uma instituição financeira como o SVB, que não acontecia desde a crise de 2008, enviou ondas de choque ao mundo financeiro, mostrando que todos os sistemas bancários precisam permanecer vigilantes contra colapsos. Felizmente — embora não sem consequência — o Tesouro dos EUA interveio com uma ação decisiva que deu alguma garantia a outros bancos.
Nos próximos dias, a administração Biden deve informar o Congresso sobre as decisões tomadas sobre o SVB, antes de seu colapso. Depois disso, será possível fazer um exame mais profundo do impacto que o banco teve na indústria tecnológica e o que deu errado com a instituição, tão influente no mundo das finanças.
Em resposta à recente incerteza financeira, o Tesouro dos EUA pretende implementar medidas de proteção para investidores e clientes, para que episódios de instabilidade como o atual não se repitam no futuro.
Parceiro de empresas chinesas e de tecnologia
A queda do SVB deixou muitos fundos de cobertura e empresas de tecnologia chinesas numa situação financeira arriscada. Sem acesso ao mercado americano, estas empresas estão agora desesperadas por financiamento para se manter solventes. O banco tinha se tornado um parceiro importante destas empresas, com os recursos necessários para expandir as suas operações nos EUA e na Europa.
As empresas, que antes eram prósperas no Vale do Silício, e seus investidores entraram em pânico devido a um potencial efeito dominó do setor bancário, desencadeado pelo inesperado colapso da SVB.
Os bancos devem se armar contra futuros choques financeiros, considerando os riscos de liquidez e flutuações das taxas de juros, bem como de instabilidade sistêmica. Medidas proativas ajudarão a garantir que, independente de crises, as instituições estejam preparadas para resistir.
Infelizmente, o colapso do SVB mostrou a rapidez com que uma tempestade pode se materializar, mas ainda há tempo para que outros bancos tomem medidas antes de enfrentar dificuldades semelhantes.
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