Lojas Americanas cancela contrato com fornecedor investigado por MP
Após ser relacionada pelo Ministério Público do Trabalho a uma empresa que submetia trabalhadores a situação análoga à escravidão, a Lojas Americanas informou, por meio de nota, que "repudia qualquer tipo de trabalho realizado em condições degradantes, assim como desconhecia o que foi verificado pelo Ministério Público do Trabalho".
A rede declarou ainda que "cancelou as atuais relações comerciais com o fornecedor Hippychick".
A empresa, que fornecia roupas infantis à Americanas, foi alvo de investigações pelo Ministério Publico do Trabalho (MPT) da 15ª Região, que abarca o interior de São Paulo, e pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) em janeiro. Fiscais dos órgãos encontraram cinco bolivianos trabalhando em condições análogas à escravidão em uma oficina de costura contratada pela Hippychick em Americana (SP).
De acordo com o MPT, a HippyChick Moda Infantil teria como única cliente a Americanas. O MPT e o MTE ainda estão apurando a responsabilidade da rede varejista no caso.
Os trabalhadores bolivianos, segundo o MPT, trabalhavam em turnos de 12 horas diárias. A oficina, montada de forma clandestina nos fundos do quintal de uma casa na periferia de Americana, recebia R$ 2,80 por cada peça produzida.
Após a fiscalização, realizada no dia 22 de janeiro, a HippyChick recebeu 23 multas pelas irregularidades encontradas. A empresa firmou ainda um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), no qual se comprometeu a pagar uma indenização de R$ 5 mil a cada trabalhador encontrado em situação análoga à escravidão.
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