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Analistas reduzem projeção para superávit primário das contas públicas

10/02/2014 10h06

Caiu a mediana das projeções do mercado para o superávit primário de 2014, enquanto aumento a estimativa para a dívida líquida como percentual do PIB, informa o boletim Focus, do Banco Central.

A estimativa da economia para o pagamento da dívida saiu de 1,5% para 1,45% do PIB enquanto a projeção para a dívida líquida do setor público subiu de 34,90% para 34,95% do PIB em 2014. A estimativa leva em conta o conceito de setor público consolidado, ou seja, incluem Estados, municípios, BC, estatais e governo central.

Para 2015, as projeções seguiram inalteradas em 2% do PIB e 35% do PIB, respectivamente.

O governo deve informar até o fim da próxima semana quanto pretende fazer de superávit primário neste ano a fim de manter a dívida líquida em trajetória de queda, um compromisso firmado pela presidente Dilma Rousseff em seu discurso no mês passado em Davos. Analistas têm ponderado que, para isso, essa economia teria que ser maior que 2%, um percentual que desafia o governo, que neste ano deve enfrentar dificuldades adicionais para economizar, como um provável socorro às distribuidoras de energia, que enfrentam custos mais altos em razão do maior uso das térmicas.

Dólar

A mediana das projeções para a cotação do dólar ao fim deste ano seguiu em R$ 2,47, de acordo com o boletim Focus, do Banco Central. A aposta para o valor da moeda americana no fim de 2015 subiu de R$ 2,51 para R$ 2,53.

Na semana passada, o dólar caiu 1,37% ante o real, para R$ 2,3790, diante da melhora relativa do cenário externo e da perspectiva de fluxo positivo de recursos.

Ainda no Focus, os analistas de mercado também mantiveram a estimativa para o déficit em conta corrente em US$ 73 bilhões neste ano, mas o reduziram a US$ 68 bilhões no próximo, de US$ 69,90 bilhões estimados na semana anterior.

A expectativa para o saldo da balança comercial piorou um pouco, de US$ 8,25 bilhões para US$ 8,01 bilhões em 2014. A de 2015 seguiu em US$ 13 bilhões.

Para o investimento direto estrangeiro (IED) as projeções caíram, de US$ 58 bilhões para US$ 57,5 bilhões neste ano, e de US$ 60 bilhões para US$ 58 bilhões em 2015.