Sem referência de NY, Bovespa, dólar e juros operam em baixa
Sem a referência de Wall Street, que não trabalha hoje por causa do feriado do Dia do Presidente, os mercados operam com volume reduzido de negócios e oscilações modestas.
Como a semana reserva eventos importantes - como declarações de dirigentes do Federal Reserve (Fed) e a divulgação da ata do banco central americano na quarta-feira -, os movimentos de hoje não podem ser considerados ainda uma tendência firme dos mercados.
Câmbio
O dólar segue operando em torno da estabilidade em relação ao real nesta segunda-feira, num dia em que investidores preferem adotar uma posição mais conservadora numa sessão sem a referência dos mercados americanos, fechados pelo feriado do Dia do Presidente.
Profissionais têm chamado atenção para a estreita faixa de oscilação em que o dólar tem operado nas últimas semanas. Segundo operadores, um "jogo técnico" está prevalecendo no mercado.
O que pode ser decisivo para uma quebra dessa dinâmica é o anúncio do contingenciamento do Orçamento deste ano, que ocorrerá até quinta-feira. Mais até do que o volume a ser cortado na folha de gastos do governo, investidores vão se debruçar com mais intensidade sobre a viabilidade da redução, buscando do governo clareza sobre como o corte será efetuado e que meta de superávit primário será possível perseguir a partir dele.
Segundo o J.P. Morgan, a credibilidade do contingenciamento corre o risco de ser afetada pelas preocupações relacionadas à possibilidade de racionamento de energia elétrica. Segundo os estrategistas de câmbio do banco, numa tentativa de evitar que os preços mais altos de energia sejam repassados ao consumidor, o governo provavelmente aumentará os subsídios ao setor, o que dificultaria ainda mais o anúncio de um ajuste "significativo e crível" no Orçamento.
Outro evento que tem potencial para mexer com o humor dos participantes no mercado de câmbio nesta semana é a divulgação da ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), colegiado do Fed que define o rumo da política monetária americana.
A ata - que explicará os motivos pelos quais o Fed decidiu cortar novamente em US$ 10 bilhões o volume de compra de ativos -será reportada na quarta-feira e trará também a avaliação de dirigentes do BC americano sobre o ritmo da economia. Será a primeira ata com o Fed sob o comando de Janet Yellen, que em audiência no Congresso americano recentemente traçou um cenário positivo para a economia dos EUA, embora tenha ponderado que o mercado de trabalho ainda está longe do ideal e que a redução dos estímulos monetários ocorrerá de forma gradual.
Próximo de 13h50, o dólar comercial recuava 0,08%, a R$ 2,3840. O contrato para março cedia 0,027%, a R$ 2,3915.
No exterior, o dia também é fraco no mercado de moedas, mas os pares emergentes do real mostram um desempenho ligeiramente melhor. O dólar tinha variação negativa de 0,01% na comparação com uma cesta de divisas, enquanto caía 0,08% ante o rand sul-africano, 0,42% contra a lira turca e 0,28% na comparação com o peso mexicano.
O Banco Central fez a rolagem de mais 10,5 mil contratos de swap cambial tradicional ofertados em leilão nesta segunda-feira, com volume equivalente de US$ 516,2 milhões. Com isso, o BC elevou a US$ 4,2813 bilhões o total rola do até o momento, de um lote que soma US$ 7,378 com vencimento no início de março.
Mais cedo, o BC vendeu mais 4 mil contratos de swap cambial ofertados, em operação que funcionou como uma injeção de US$ 197,6 milhões no mercado futuro. A colocação ficou concentrada no vencimento mais longo (dezembro), e a liquidação dos papéis está prevista para amanhã, terça-feira, dia 18.
Bolsa
A bolsa brasileira oscilou apenas 0,7% ou cerca de 300 pontos entre sua máxima e mínima nesta manhã. A falta de tendência reflete o vencimento de opções sobre ações, que deixou o mercado "travado" pelo menos até as 13 horas, quando encerra o exercício do vencimento de opções sobre ações de hoje. Além disso, o feriado nos Estados Unidos também retira boa parte da liquidez do mercado local.
Entre os destaques do dia estão Brookfield ON, que oficializou oferta para fechar capital; e OGX ON, que entregou na sexta-feira seu plano de recuperação à Justiça. O primeiro papel subia quase 19% e o segundo perdia 3,45%.
Ao redor de 13h50, o Ibovespa recuava 0,39%, para 48.014 pontos. Operadores contam que nesse montante já há exercício de opções, especialmente de venda de Itaú PN. Entre as principais ações do índice, Vale PNA aumentava 0,13% e Petrobras PN declinava 0,21%.
O analista técnico da Clear Corretora, Raphael Figueredo, destaca que o Ibovespa conseguiu se manter acima do nível de 48 mil pontos na última semana e tem chances de dar sequência ao repique para, talvez, conseguir reverter a tendência de baixa.
"O rompimento dos 48.670 deverá dar sinais de que a tendência de baixa pelo gráfico diário estará sendo de vez comprometida e que o mercado apontará para os objetivos curtos em 49.000 e 49.500 pontos", afirma. Por outro lado, o mercado precisa respeitar o suporte e mínima da semana passada nos 47.130 pontos, pois a perda deste ponto poderá comprometer todo o esforço de repique, dando sequência à atual tendência de baixa.
Juros
Os juros futuros abriram a semana em queda firme, ainda sob influência dos recentes dados de atividade econômica doméstica, que enfraquecem as apostas em uma dose relevante de alta adicional da taxa Selic.
Embora o volume de negócios hoje seja bastante reduzido, em função do feriado americano, chama a atenção o giro do contrato para abril/2014, que concentra as apostas para a próxima decisão do Copom. "Há uma corrente do mercado apostando no fim do ciclo já em fevereiro, com uma última dose de 0,25 ponto", afirma um analista.
O dólar abaixo dos R$ 2,40, segundo operadores, é outro elemento que favorece o alívio dos Depósitos Interfinanceiros (DIs) nesta segunda-feira
Os agentes consideram as projeções contempladas no Boletim Focus. A previsão para a alta do IPCA em 2014 saiu de 5,89% para 5,93%; no caso de 2015, permaneceu estável em 5,70%. Entre as instituições Top 5, aquelas que mais acertam, entretanto, as estimativas seguem em 5,86% de elevação para este ano e em 5,80% para o ano que vem.
Esta semana, o resultado do IPCA-15 de fevereiro pode contribuir para esse debate. O dado sai na sexta-feira.
Na BM&F, o DI janeiro/2015 operava a 11,24%, ante 11,32% na sexta-feira passada. O DI janeiro/2017 estava a 12,61% (12,69%).
Mercados internacionais
O feriado do Dia do Presidente mantém os mercados financeiros fechados nos Estados Unidos. Na Europa, a agenda não trouxe nenhum indicador nesta segunda-feira. Por isso, os investidores tiveram apenas dados asiáticos aos quais reagir, como o desempenho da economia japonesa no fim de 2013.
Também foi citado como fator positivo para os negócios da Europa a indicação de Matteo Renzi para primeiro-ministro da Itália. Logo depois do anúncio, que na verdade confirma o que já era amplamente esperado, o juro da dívida italiana de dez anos caiu para 3,615%. Renzi, com 39 anos, será o premiê mais jovem da Itália.
Em Londres, perto de 13h50, o FTSE 100 subia 1,06%. O CAC 40, de Paris, cedia 0,12% e o DAX, de Frankfurt, recuava 0,01%. Em Milão, o FTSE MIB tinha alta de 0,14%.
Como a semana reserva eventos importantes - como declarações de dirigentes do Federal Reserve (Fed) e a divulgação da ata do banco central americano na quarta-feira -, os movimentos de hoje não podem ser considerados ainda uma tendência firme dos mercados.
Câmbio
O dólar segue operando em torno da estabilidade em relação ao real nesta segunda-feira, num dia em que investidores preferem adotar uma posição mais conservadora numa sessão sem a referência dos mercados americanos, fechados pelo feriado do Dia do Presidente.
Profissionais têm chamado atenção para a estreita faixa de oscilação em que o dólar tem operado nas últimas semanas. Segundo operadores, um "jogo técnico" está prevalecendo no mercado.
O que pode ser decisivo para uma quebra dessa dinâmica é o anúncio do contingenciamento do Orçamento deste ano, que ocorrerá até quinta-feira. Mais até do que o volume a ser cortado na folha de gastos do governo, investidores vão se debruçar com mais intensidade sobre a viabilidade da redução, buscando do governo clareza sobre como o corte será efetuado e que meta de superávit primário será possível perseguir a partir dele.
Segundo o J.P. Morgan, a credibilidade do contingenciamento corre o risco de ser afetada pelas preocupações relacionadas à possibilidade de racionamento de energia elétrica. Segundo os estrategistas de câmbio do banco, numa tentativa de evitar que os preços mais altos de energia sejam repassados ao consumidor, o governo provavelmente aumentará os subsídios ao setor, o que dificultaria ainda mais o anúncio de um ajuste "significativo e crível" no Orçamento.
Outro evento que tem potencial para mexer com o humor dos participantes no mercado de câmbio nesta semana é a divulgação da ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), colegiado do Fed que define o rumo da política monetária americana.
A ata - que explicará os motivos pelos quais o Fed decidiu cortar novamente em US$ 10 bilhões o volume de compra de ativos -será reportada na quarta-feira e trará também a avaliação de dirigentes do BC americano sobre o ritmo da economia. Será a primeira ata com o Fed sob o comando de Janet Yellen, que em audiência no Congresso americano recentemente traçou um cenário positivo para a economia dos EUA, embora tenha ponderado que o mercado de trabalho ainda está longe do ideal e que a redução dos estímulos monetários ocorrerá de forma gradual.
Próximo de 13h50, o dólar comercial recuava 0,08%, a R$ 2,3840. O contrato para março cedia 0,027%, a R$ 2,3915.
No exterior, o dia também é fraco no mercado de moedas, mas os pares emergentes do real mostram um desempenho ligeiramente melhor. O dólar tinha variação negativa de 0,01% na comparação com uma cesta de divisas, enquanto caía 0,08% ante o rand sul-africano, 0,42% contra a lira turca e 0,28% na comparação com o peso mexicano.
O Banco Central fez a rolagem de mais 10,5 mil contratos de swap cambial tradicional ofertados em leilão nesta segunda-feira, com volume equivalente de US$ 516,2 milhões. Com isso, o BC elevou a US$ 4,2813 bilhões o total rola do até o momento, de um lote que soma US$ 7,378 com vencimento no início de março.
Mais cedo, o BC vendeu mais 4 mil contratos de swap cambial ofertados, em operação que funcionou como uma injeção de US$ 197,6 milhões no mercado futuro. A colocação ficou concentrada no vencimento mais longo (dezembro), e a liquidação dos papéis está prevista para amanhã, terça-feira, dia 18.
Bolsa
A bolsa brasileira oscilou apenas 0,7% ou cerca de 300 pontos entre sua máxima e mínima nesta manhã. A falta de tendência reflete o vencimento de opções sobre ações, que deixou o mercado "travado" pelo menos até as 13 horas, quando encerra o exercício do vencimento de opções sobre ações de hoje. Além disso, o feriado nos Estados Unidos também retira boa parte da liquidez do mercado local.
Entre os destaques do dia estão Brookfield ON, que oficializou oferta para fechar capital; e OGX ON, que entregou na sexta-feira seu plano de recuperação à Justiça. O primeiro papel subia quase 19% e o segundo perdia 3,45%.
Ao redor de 13h50, o Ibovespa recuava 0,39%, para 48.014 pontos. Operadores contam que nesse montante já há exercício de opções, especialmente de venda de Itaú PN. Entre as principais ações do índice, Vale PNA aumentava 0,13% e Petrobras PN declinava 0,21%.
O analista técnico da Clear Corretora, Raphael Figueredo, destaca que o Ibovespa conseguiu se manter acima do nível de 48 mil pontos na última semana e tem chances de dar sequência ao repique para, talvez, conseguir reverter a tendência de baixa.
"O rompimento dos 48.670 deverá dar sinais de que a tendência de baixa pelo gráfico diário estará sendo de vez comprometida e que o mercado apontará para os objetivos curtos em 49.000 e 49.500 pontos", afirma. Por outro lado, o mercado precisa respeitar o suporte e mínima da semana passada nos 47.130 pontos, pois a perda deste ponto poderá comprometer todo o esforço de repique, dando sequência à atual tendência de baixa.
Juros
Os juros futuros abriram a semana em queda firme, ainda sob influência dos recentes dados de atividade econômica doméstica, que enfraquecem as apostas em uma dose relevante de alta adicional da taxa Selic.
Embora o volume de negócios hoje seja bastante reduzido, em função do feriado americano, chama a atenção o giro do contrato para abril/2014, que concentra as apostas para a próxima decisão do Copom. "Há uma corrente do mercado apostando no fim do ciclo já em fevereiro, com uma última dose de 0,25 ponto", afirma um analista.
O dólar abaixo dos R$ 2,40, segundo operadores, é outro elemento que favorece o alívio dos Depósitos Interfinanceiros (DIs) nesta segunda-feira
Os agentes consideram as projeções contempladas no Boletim Focus. A previsão para a alta do IPCA em 2014 saiu de 5,89% para 5,93%; no caso de 2015, permaneceu estável em 5,70%. Entre as instituições Top 5, aquelas que mais acertam, entretanto, as estimativas seguem em 5,86% de elevação para este ano e em 5,80% para o ano que vem.
Esta semana, o resultado do IPCA-15 de fevereiro pode contribuir para esse debate. O dado sai na sexta-feira.
Na BM&F, o DI janeiro/2015 operava a 11,24%, ante 11,32% na sexta-feira passada. O DI janeiro/2017 estava a 12,61% (12,69%).
Mercados internacionais
O feriado do Dia do Presidente mantém os mercados financeiros fechados nos Estados Unidos. Na Europa, a agenda não trouxe nenhum indicador nesta segunda-feira. Por isso, os investidores tiveram apenas dados asiáticos aos quais reagir, como o desempenho da economia japonesa no fim de 2013.
Também foi citado como fator positivo para os negócios da Europa a indicação de Matteo Renzi para primeiro-ministro da Itália. Logo depois do anúncio, que na verdade confirma o que já era amplamente esperado, o juro da dívida italiana de dez anos caiu para 3,615%. Renzi, com 39 anos, será o premiê mais jovem da Itália.
Em Londres, perto de 13h50, o FTSE 100 subia 1,06%. O CAC 40, de Paris, cedia 0,12% e o DAX, de Frankfurt, recuava 0,01%. Em Milão, o FTSE MIB tinha alta de 0,14%.
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