Dados industriais da China e dos EUA impulsionam juros e dólar
Se estava difícil compreender o comportamento dos mercados internacionais nesta manhã, a nota de correção divulgada pelo Instituto de Gestão de Oferta (ISM) nesta tarde parece dar mais sentido aos movimentos observados na primeira parte do dia. Depois de informar uma que o indicador industrial havia desacelerado para 53,2 em maio - abaixo da expectativa dos analistas -, o ISM corrigiu o dado - e corrigiu duas vezes, sendo que a última leitura foi colocada em 55,4.
Antes mesmo desse ajuste na informação, os juros dos títulos do Tesouro americano haviam disparando e superado com volta o limite de 2,50%, enquanto o dólar operava já em alta firme na comparação às principais divisas, inclusive às emergentes.
Outro indicador industrial, da China, também pesou a favor da correção observada desde cedo nos ativos. O índice saiu de 50,4 em abril para 50,8 em maio, contribuindo para fortalecer as bolsas europeias e, de forma especial, as ações das mineradoras. Movimento acompanhado no Brasil por Vale, que operava com ganho da ordem de 2%.
No Brasil, o dólar seguia a valorização da moeda americana no mundo. E a alta é potencializada pela perspectiva de rolagem parcial de um vencimento de cerca de US$ 10 bilhões em swap cambial tradicional previsto par a o dia 1º de julho.
Sob efeito da alta do dólar e também dos juros dos títulos americanos, os DIs futuros operavam com taxas também para cima. Para operadores, entretanto, a preocupação com o rumo da atividade segue no foco e pode trazer um fluxo vendedor de volta ao mercado.
Câmbio
O dólar operava em forte alta em relação ao real, alcançando o patamar mais alto desde 3 de abril. Além do movimento de valorização da moeda americana ante as principais divisas no mercado externo, a redução da atuação no câmbio pelo Banco Central (BC), por meio das rolagens dos contratos de swap cambial, reforçou as apostas de que a autoridade monetária deve promover um ajuste ou mesmo a interrupção do programa de intervenção no câmbio, mantido desde 22 de agosto de 2013.
Às 14 horas, o dólar comercial subia 1,20%, cotado a R$ 2,2680. Já o contrato futuro para julho avançava 1,15%, para R$ 2,2845.
Os investidores reagem hoje à perspectiva de que a autoridade monetária poderá não completar a rolagem integral do lote de US$ 10,060 bilhões em contratos de swap que vence em 1º de julho.
Hoje, o BC deu início à rolagem do lote que vence no mês que vem, renovando os 5 mil contratos ofertados, cuja operação somou US$ 247,5 milhões. Se mantiver o mesmo ritmo, o BC deve concluir a rolagem de apenas US$ 4,5 bilhões do lote total.
Em maio, o BC deixou vencer um volume de US$ 4,65 bilhões em swaps, quase o dobro do que ele deixou de renovar em abril, que somou US$ 2,233 bilhões, além de ter liquidado um volume de cerca de US$ 3,5 bilhões em linha de venda dólar com compromisso de recompra. Isso levou a um aumento da busca por hedge, em meio a um cenário de interrupção do ciclo de aperto monetário frente à deterioração do crescimento econômico.
A redução das atuações do BC no câmbio reforçou as apostas de que a autoridade monetária deve promover um ajuste no programa de intervenção, que hoje conta com a venda diária de US$ 200 milhões de dólares no mercado futuro por meio de contratos de swap.
Nesta segunda-feira, o BC vendeu todos os 4 mil contratos de swap ofertados em leilão, cuja operação somou US$ 198,4 milhões.
No mês passado, o presidente do BC, Alexandre Tombini , afirmou que já um arrefecimento da demanda por hedge no mercado.
Para o diretor de câmbio da Pioneer Corretora, João Medeiros, o BC parece estar confortável com um patamar mais alto do câmbio, com muitos analistas voltando a considerar um patamar de R$ 2,45 a R$ 2,50 para o dólar no fim do ano. "Acho que o BC vai reduzir pela metade o volume de colocação diária, e continuar fazendo a consulta ao mercado para saber se há demanda por linha" , afirma Medeiros.
A autoridade monetária segue, assim, o passo de outros países que vem promovendo a adoção de medidas para limitar a valorização de suas moedas e estimular a competitividade da economia.
A Índia e a Colômbia estão comprando dólares, enquanto há especulações de que o banco central da Coreia do Sul deve seguir o mesmo caminho para estimular s exportações do país asiático.
Já a Turquia cortou recentemente a taxa básica de juros de 10% para 9,5% para estimular o crescimento da economia e também vem reduzindo as vendas de dólar no mercado.
No exterior, o dólar opera em alta frente às principais divisas, acompanhando a alta das taxas dos títulos do Tesouro americano. O Dollar Index, que acompanha o desempenho da divisa americana frente a uma cesta com as principais moedas, avançava 0,33%. Investidores aguardam a decisão do Banco Central Europeu (BCE) sobre a taxa básica de juros na próxima.
Juros
Os juros futuros operavam em alta firme nesta manhã, em um movimento de correção estimulado pelo avanço do dólar em relação ao real e também do rendimento dos títulos do Tesouro dos EUA. Segundo operadores, fatores técnicos explicam esses ajustes nos mercados. Mas o movimento é forte o bastante para impor uma correção também no Brasil, após uma semana de queda firme das taxas.
Por volta das 14 horas, o DI janeiro/2017 tinha taxa de 11,72%, de 11,59% na sexta-feira. Já o contrato para janeiro/2016 era negociado a 11,44%, de 11,37% na sexta-feira. O DI janeiro/2015 marcava 10,85%.
No exterior, o rendimento da T-note de 10 anos alcançou 2,536%, de 2,457% na sessão anterior.
A despeito desse ajuste de hoje, operadores veem ainda uma tendência de baixa das taxas, por causa dos recentes indicadores fracos de atividade doméstica. "Embora a inflação continue alta e preocupante, está entrando no radar que o esperado novo ciclo de aperto monetário pode não ocorrer, ou não na intensidade esperada, por causa do risco de haver surpresas negativas sobre o desempenho da atividade", diz um profissional. Ele ressalta que a curva a termo ainda aponta para uma elevação de pouco menos de 1,20 ponto percentual da Selic em 2015, mas alerta que os dados de atividade colocam essas apostas em risco. "É por isso que a tendência dos juros é de queda", diz.
Após a divulgação do resultado do PIB do primeiro trimestre, que cresceu 0,2%, há economistas considerando que o resultado do segundo trimestre pode ficar perto de zero ou até mesmo negativo. Com isso, o avanço do PIB no ano pode ficar, na visão de alguns especialistas, até abaixo de 1%. "Pela primeira vez, estamos vendo a demanda ceder e isso é bastante preocupante", diz um operador.
Diante dessa questão, os investidores veem nos ativos prefixados boas oportunidades de retorno. É por isso que o fluxo tende a continuar sendo vendedor, especialmente para os papéis mais longos. Não à toa, a NTN-B 2050 é negociada nesta manhã com juro abaixo de 6%, pela primeira vez desde o dia 4 de novembro de 2013. Segundo dados da Anbima, o rendimento do papel está em 5,99%.
Bolsa
O Ibovespa começa junho em alta, depois de acumular perda de 1,19% em maio e de 3,72% no ano. Às 14h15, o índice da Bolsa paulista tinha elevação de 0,39%, para 51.440 pontos. Operadores comentam que notícias boas da China dão alento à Vale, que interrompe uma sequência de quedas na semana passada e apresentava valorização da ordem de 2%.
Foi divulgado no fim de semana que a atividade da indústria chinesa subiu de 50,4 em abril para 50,8 em maio, acima da previsão de 50,6. O dado mostrou o crescimento mais forte na atividade em cinco meses, ajudando a reduzir os temores de uma forte desaceleração no setor.
O operador da Guide Investimentos Luis Gustavo Pereira acrescenta que, na semana, os investidores estarão de olho na pesquisa Datafolha sobre eleição presidencial. O Datafolha deve divulgar nesta quarta-feira uma nova pesquisa eleitoral sobre a preferência dos eleitores brasileiros para as eleições deste ano para a Presidência da República. Em bora a divulgação do levantamento esteja prevista para a quarta-feira, o registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informa que o período de coleta de dados será de terça a quinta-feira.
Pereira comenta que, nesse âmbito, anima as mesas pesquisa regional divulgada pelo Ibope hoje, exclusivamente com eleitores de Pernambuco.
O pré-candidato à Presidência da República pelo PSB Eduardo Campos está empatado tecnicamente com a presidente Dilma Rousseff (PT) em seu Estado, conforme pesquisa do Ibope divulgada nesta segunda-feira. Os números da pesquisa feita apenas em Pernambuco mostram que se a eleição fosse hoje Campos teria 40% dos votos e Dilma 39% no Estado. O senador mineiro Aécio Neves, pré-candidato do PSDB, apareceu com 3% dos votos dos pernambucanos.
Pereira também lembra que o mercado segue na expectativa de anúncio de medidas de afrouxamento monetário pelo Banco Central Europeu (BCE), que se reúne nesta quinta-feira.
O setor de mineração, bastante sensível aos dados da indústria da China, se destacava hoje nas bolsas europeias.
Em relatório no qual sugere dez ideias de ações para o mês, o BTG Pactual diz que continua com uma visão cautelosa sobre o mercado de ações brasileiro e está alocando parte de seu portfólio em Cielo, BB Seguridade e Itaú. A casa trocou Brasil Foods por AmBev, em razão de pagamento de dividendos, mas também de prováveis benefícios com a Copa do Mundo de Futebol. O BTG mantém Vale, com expectativas de que os preços do minério de ferro encontrem um piso nos próximos dias. Multiplan também entra na lista, em função de benefícios de uma potencial que nas taxas de juros reais no Brasil. Além desses papéis, a carteira conta ainda com Pão de Açúcar, Cosan, Estácio e Valid.
Mercados internacionais
Alguns indicadores modestos dos Estados Unidos pioraram o humor dos investidores nesta segunda-feira. O dia era de volatilidade, com os índices de Wall Street alternando-se entre ganhos e perdas, após mais cedo o S&P 500 e o Dow Jones atingirem patamares recordes. Na Europa, alguns dados fracos elevaram a expectativa de que o BCE adote medidas de afrouxamento monetário em sua reunião desta quinta-feira, provocando desvalorização do euro.
O Instituto para Gestão da Oferta (ISM, na sigla em inglês) divulgou mais cedo que seu índice de atividade industrial teria recuado de 54,9 em abril para 53,2. Em seguida, alterou para 56. Depois, mudou para 55,4. Os gastos com construção avançaram 0,2% em abril no país, abaixo da previsão de 0,6% na comparação mensal.
Por volta das 14 horas, o índice Dow Jones tinha alta de 0,07%, mas o Nasdaq declinava 0,30% e o S&P cedia 0,03%.
"Qualquer indicador ou comentário um pouco negativos podem causar uma reação negativa instintiva, e acho que é o que estamos vendo aqui", comentou Keith Bliss, vice-presidente sênior da corretora Cuttone, falando antes da correção do dado do ISM. Segundo ele, a volatilidade é algo esperado quando os índices estão perto das máximas históricas.
Antes mesmo desse ajuste na informação, os juros dos títulos do Tesouro americano haviam disparando e superado com volta o limite de 2,50%, enquanto o dólar operava já em alta firme na comparação às principais divisas, inclusive às emergentes.
Outro indicador industrial, da China, também pesou a favor da correção observada desde cedo nos ativos. O índice saiu de 50,4 em abril para 50,8 em maio, contribuindo para fortalecer as bolsas europeias e, de forma especial, as ações das mineradoras. Movimento acompanhado no Brasil por Vale, que operava com ganho da ordem de 2%.
No Brasil, o dólar seguia a valorização da moeda americana no mundo. E a alta é potencializada pela perspectiva de rolagem parcial de um vencimento de cerca de US$ 10 bilhões em swap cambial tradicional previsto par a o dia 1º de julho.
Sob efeito da alta do dólar e também dos juros dos títulos americanos, os DIs futuros operavam com taxas também para cima. Para operadores, entretanto, a preocupação com o rumo da atividade segue no foco e pode trazer um fluxo vendedor de volta ao mercado.
Câmbio
O dólar operava em forte alta em relação ao real, alcançando o patamar mais alto desde 3 de abril. Além do movimento de valorização da moeda americana ante as principais divisas no mercado externo, a redução da atuação no câmbio pelo Banco Central (BC), por meio das rolagens dos contratos de swap cambial, reforçou as apostas de que a autoridade monetária deve promover um ajuste ou mesmo a interrupção do programa de intervenção no câmbio, mantido desde 22 de agosto de 2013.
Às 14 horas, o dólar comercial subia 1,20%, cotado a R$ 2,2680. Já o contrato futuro para julho avançava 1,15%, para R$ 2,2845.
Os investidores reagem hoje à perspectiva de que a autoridade monetária poderá não completar a rolagem integral do lote de US$ 10,060 bilhões em contratos de swap que vence em 1º de julho.
Hoje, o BC deu início à rolagem do lote que vence no mês que vem, renovando os 5 mil contratos ofertados, cuja operação somou US$ 247,5 milhões. Se mantiver o mesmo ritmo, o BC deve concluir a rolagem de apenas US$ 4,5 bilhões do lote total.
Em maio, o BC deixou vencer um volume de US$ 4,65 bilhões em swaps, quase o dobro do que ele deixou de renovar em abril, que somou US$ 2,233 bilhões, além de ter liquidado um volume de cerca de US$ 3,5 bilhões em linha de venda dólar com compromisso de recompra. Isso levou a um aumento da busca por hedge, em meio a um cenário de interrupção do ciclo de aperto monetário frente à deterioração do crescimento econômico.
A redução das atuações do BC no câmbio reforçou as apostas de que a autoridade monetária deve promover um ajuste no programa de intervenção, que hoje conta com a venda diária de US$ 200 milhões de dólares no mercado futuro por meio de contratos de swap.
Nesta segunda-feira, o BC vendeu todos os 4 mil contratos de swap ofertados em leilão, cuja operação somou US$ 198,4 milhões.
No mês passado, o presidente do BC, Alexandre Tombini , afirmou que já um arrefecimento da demanda por hedge no mercado.
Para o diretor de câmbio da Pioneer Corretora, João Medeiros, o BC parece estar confortável com um patamar mais alto do câmbio, com muitos analistas voltando a considerar um patamar de R$ 2,45 a R$ 2,50 para o dólar no fim do ano. "Acho que o BC vai reduzir pela metade o volume de colocação diária, e continuar fazendo a consulta ao mercado para saber se há demanda por linha" , afirma Medeiros.
A autoridade monetária segue, assim, o passo de outros países que vem promovendo a adoção de medidas para limitar a valorização de suas moedas e estimular a competitividade da economia.
A Índia e a Colômbia estão comprando dólares, enquanto há especulações de que o banco central da Coreia do Sul deve seguir o mesmo caminho para estimular s exportações do país asiático.
Já a Turquia cortou recentemente a taxa básica de juros de 10% para 9,5% para estimular o crescimento da economia e também vem reduzindo as vendas de dólar no mercado.
No exterior, o dólar opera em alta frente às principais divisas, acompanhando a alta das taxas dos títulos do Tesouro americano. O Dollar Index, que acompanha o desempenho da divisa americana frente a uma cesta com as principais moedas, avançava 0,33%. Investidores aguardam a decisão do Banco Central Europeu (BCE) sobre a taxa básica de juros na próxima.
Juros
Os juros futuros operavam em alta firme nesta manhã, em um movimento de correção estimulado pelo avanço do dólar em relação ao real e também do rendimento dos títulos do Tesouro dos EUA. Segundo operadores, fatores técnicos explicam esses ajustes nos mercados. Mas o movimento é forte o bastante para impor uma correção também no Brasil, após uma semana de queda firme das taxas.
Por volta das 14 horas, o DI janeiro/2017 tinha taxa de 11,72%, de 11,59% na sexta-feira. Já o contrato para janeiro/2016 era negociado a 11,44%, de 11,37% na sexta-feira. O DI janeiro/2015 marcava 10,85%.
No exterior, o rendimento da T-note de 10 anos alcançou 2,536%, de 2,457% na sessão anterior.
A despeito desse ajuste de hoje, operadores veem ainda uma tendência de baixa das taxas, por causa dos recentes indicadores fracos de atividade doméstica. "Embora a inflação continue alta e preocupante, está entrando no radar que o esperado novo ciclo de aperto monetário pode não ocorrer, ou não na intensidade esperada, por causa do risco de haver surpresas negativas sobre o desempenho da atividade", diz um profissional. Ele ressalta que a curva a termo ainda aponta para uma elevação de pouco menos de 1,20 ponto percentual da Selic em 2015, mas alerta que os dados de atividade colocam essas apostas em risco. "É por isso que a tendência dos juros é de queda", diz.
Após a divulgação do resultado do PIB do primeiro trimestre, que cresceu 0,2%, há economistas considerando que o resultado do segundo trimestre pode ficar perto de zero ou até mesmo negativo. Com isso, o avanço do PIB no ano pode ficar, na visão de alguns especialistas, até abaixo de 1%. "Pela primeira vez, estamos vendo a demanda ceder e isso é bastante preocupante", diz um operador.
Diante dessa questão, os investidores veem nos ativos prefixados boas oportunidades de retorno. É por isso que o fluxo tende a continuar sendo vendedor, especialmente para os papéis mais longos. Não à toa, a NTN-B 2050 é negociada nesta manhã com juro abaixo de 6%, pela primeira vez desde o dia 4 de novembro de 2013. Segundo dados da Anbima, o rendimento do papel está em 5,99%.
Bolsa
O Ibovespa começa junho em alta, depois de acumular perda de 1,19% em maio e de 3,72% no ano. Às 14h15, o índice da Bolsa paulista tinha elevação de 0,39%, para 51.440 pontos. Operadores comentam que notícias boas da China dão alento à Vale, que interrompe uma sequência de quedas na semana passada e apresentava valorização da ordem de 2%.
Foi divulgado no fim de semana que a atividade da indústria chinesa subiu de 50,4 em abril para 50,8 em maio, acima da previsão de 50,6. O dado mostrou o crescimento mais forte na atividade em cinco meses, ajudando a reduzir os temores de uma forte desaceleração no setor.
O operador da Guide Investimentos Luis Gustavo Pereira acrescenta que, na semana, os investidores estarão de olho na pesquisa Datafolha sobre eleição presidencial. O Datafolha deve divulgar nesta quarta-feira uma nova pesquisa eleitoral sobre a preferência dos eleitores brasileiros para as eleições deste ano para a Presidência da República. Em bora a divulgação do levantamento esteja prevista para a quarta-feira, o registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informa que o período de coleta de dados será de terça a quinta-feira.
Pereira comenta que, nesse âmbito, anima as mesas pesquisa regional divulgada pelo Ibope hoje, exclusivamente com eleitores de Pernambuco.
O pré-candidato à Presidência da República pelo PSB Eduardo Campos está empatado tecnicamente com a presidente Dilma Rousseff (PT) em seu Estado, conforme pesquisa do Ibope divulgada nesta segunda-feira. Os números da pesquisa feita apenas em Pernambuco mostram que se a eleição fosse hoje Campos teria 40% dos votos e Dilma 39% no Estado. O senador mineiro Aécio Neves, pré-candidato do PSDB, apareceu com 3% dos votos dos pernambucanos.
Pereira também lembra que o mercado segue na expectativa de anúncio de medidas de afrouxamento monetário pelo Banco Central Europeu (BCE), que se reúne nesta quinta-feira.
O setor de mineração, bastante sensível aos dados da indústria da China, se destacava hoje nas bolsas europeias.
Em relatório no qual sugere dez ideias de ações para o mês, o BTG Pactual diz que continua com uma visão cautelosa sobre o mercado de ações brasileiro e está alocando parte de seu portfólio em Cielo, BB Seguridade e Itaú. A casa trocou Brasil Foods por AmBev, em razão de pagamento de dividendos, mas também de prováveis benefícios com a Copa do Mundo de Futebol. O BTG mantém Vale, com expectativas de que os preços do minério de ferro encontrem um piso nos próximos dias. Multiplan também entra na lista, em função de benefícios de uma potencial que nas taxas de juros reais no Brasil. Além desses papéis, a carteira conta ainda com Pão de Açúcar, Cosan, Estácio e Valid.
Mercados internacionais
Alguns indicadores modestos dos Estados Unidos pioraram o humor dos investidores nesta segunda-feira. O dia era de volatilidade, com os índices de Wall Street alternando-se entre ganhos e perdas, após mais cedo o S&P 500 e o Dow Jones atingirem patamares recordes. Na Europa, alguns dados fracos elevaram a expectativa de que o BCE adote medidas de afrouxamento monetário em sua reunião desta quinta-feira, provocando desvalorização do euro.
O Instituto para Gestão da Oferta (ISM, na sigla em inglês) divulgou mais cedo que seu índice de atividade industrial teria recuado de 54,9 em abril para 53,2. Em seguida, alterou para 56. Depois, mudou para 55,4. Os gastos com construção avançaram 0,2% em abril no país, abaixo da previsão de 0,6% na comparação mensal.
Por volta das 14 horas, o índice Dow Jones tinha alta de 0,07%, mas o Nasdaq declinava 0,30% e o S&P cedia 0,03%.
"Qualquer indicador ou comentário um pouco negativos podem causar uma reação negativa instintiva, e acho que é o que estamos vendo aqui", comentou Keith Bliss, vice-presidente sênior da corretora Cuttone, falando antes da correção do dado do ISM. Segundo ele, a volatilidade é algo esperado quando os índices estão perto das máximas históricas.
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