Bovespa cai abaixo dos 41 mil pontos afetada por tensões com a China
As preocupações com a economia chinesa impuseram mais um dia de queda para as bolsas mundiais e o mercado brasileiro não escapou dos efeitos negativos. O Ibovespa encerrou abaixo dos 41 mil pontos, em queda de 2,58%, para 40.695 pontos, ainda no menor nível desde março de 2009, com 56 dos 61 papéis desse indicador fechando com variações negativas. As ações de mineração, siderurgia e petróleo despencaram a níveis atingidos há mais de uma década.
A pior situação é de Gerdau Metalúrgica, que caiu 6,25%, para R$ 1,20. A cotação é a menor desde outubro de 2002. Usiminas vem em seguida, com queda de 5,73%, a R$ 1,15, menor nível desde março de 2003. Gerdau PN caiu 4,52%, para R$ 3,80, menor cotação desde dezembro de 2003.
Vale PNA caiu 5,90%, para R$ 8,61, menor patamar desde dezembro de 2004. CSN caiu 2,36%, para R$ 3,30, no menor nível desde julho de 2005. Vale ON recuou 5,94%, para R$ 10,91, menor preço desde maio de 2005. Todos os papéis, nesse caso, perdem para a inflação acumulada nesses períodos. A inflação medida pelo IPCA, acumulada desde 2005, por exemplo, é de 87,37%.
Petrobras PN caiu 2,19%, a R$ 6,26, menor nível desde julho de 2004. Petrobras ON recuou ao menor patamar desde agosto de 2004, em queda de 2,85%, para R$ 7,83.
JBS liderou as altas do Ibovespa, com 5,76%. Ontem, as ações ficaram entre os destaques de queda. A Citi Corretora divulgou relatório cortando o preço-alvo para os papéis, mas mantendo a recomendação de compra.
As ações da companhia aérea Gol fecharam o pregão com forte desvalorização, na terceira sessão seguida de baixa. O papel teve perda de 6,5%, cotado a R$ 1,87, pela terceira vez seguida na mínima história.
Segundo analistas de instituições financeiras, parte dessa forte queda foi ditada pela tendência negativa que varreu todo o mercado acionário global.
A Gol está entre as ações que mais sofrem, apontam analistas que acompanham o papel, porque tem recibos de ações (ADR) negociados em Nova York com uma fatia grande de investidores estrangeiros, que estão reduzindo exposição a ativos no Brasil que estão vulneráveis à recessão ou ao câmbio.
No caso da Gol, a empresa está exposta a essas duas variáveis. A tempestade perfeita, dizem. Enquanto a moeda americana responde por quase 60% das despesas operacionais e dívidas da companhia, o mercado brasileiro é responsável por cerca de 90% da demanda atendida pela companhia.
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