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IGP-DI sobe 0,44% em dezembro e acumula alta de 10,7% em 2015

07/01/2016 09h00


A inflação medida pelo Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) desacelerou de 1,19% para 0,44% em dezembro, mas fechou o ano com forte alta de 10,7%, a maior desde 2010, quando subiu 11,3%. Em 2014, o IGP-DI avançou 3,78%.

A alta do indicador respondeu à forte desvalorização cambial que ocorreu no ano passado e que influenciou principalmente os preços no atacado, que têm peso de 60% no indicador.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que representa essa classe de produtos, subiu 11,31% em 2015, contra uma alta de apenas 2,15% em 2014. Apenas em dezembro, houve uma desaceleração expressiva, para 0,33%, de 1,41% em novembro. Em 2015, o IPA de produtos agropecuários subiu 15,62%, e o de produtos industriais avançou 9,65%.

Os preços ao consumidor, que dispararam principalmente por causa da alta dos administrados, como energia elétrica e gasolina, também ajudaram a pressionar o IGP-DI. Esses preços têm peso de 30% no indicador. Em 2015, o IPC subiu 10,53%, de 6,87% no ano anterior. Neste indicador, também houve desaceleração em dezembro, para 0,88%, de 1% em novembro, com quatro de suas oito classes de despesas indicando taxas menores.

No IPC, a contribuição de maior magnitude para o recuo da taxa em dezembro partiu do grupo habitação (0,66% para 0,37%), influenciado pela tarifa de eletricidade residencial, cuja taxa passou de 1,95% para 0,60%.

Também cederam transportes (1,19% para 0,80%), alimentação (1,85% para 1,75%) e comunicação (0,53% para 0,10%), puxados por etanol (7,96% para 2,46%), hortaliças e legumes (21,61% para 8,46%) e tarifa de telefone residencial (1,42% para 0,0%), respectivamente.

Em contrapartida, educação, leitura e recreação (0,55% para 0,80%), vestuário (0,56% para 1,01%), saúde e cuidados pessoais (0,61% para 0,67%) e despesas diversas (0,06% para 0,42%) tiveram taxas maiores por causa de passagem aérea (2,99% para 12,88%), roupas (0,60% para 1,20%), perfume (0,49% para 0,86%) e tarifa postal (0,0% para 5,96%), respectivamente.

No acumulado do ano passado, a maior alta entre os oito grupos do IPC-DI foi a da habitação (13,27%), justamente por causa do encarecimento da conta de luz. Em segundo lugar vieram as despesas diversas (12,47%) e, em terceiro, alimentação (11,63%). O setor de transportes também teve inflação de dois dígitos: 10,99%. As menores taxas foram registradas em comunicação (2,84%) e vestuário (3,74%). Saúde (8,91%) e educação (8,62%) ficaram entre esses dois polos.

Por fim, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou em dezembro variação de 0,10%, abaixo do resultado do mês anterior, de 0,34%. No ano, o custo da construção civil subiu 7,48%, de 6,95% em 2014. A mão de obra subiu 8,11% no período, enquanto materiais, equipamentos e serviços avançaram menos, 6,78%.