IGP-10 desacelera em janeiro, aponta FGV
A inflação apurada pelo Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) diminuiu para 0,69% em janeiro, de 0,81% em dezembro, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). Essa desaceleração foi provocada por uma descompressão nos preços industriais no atacado. Os produtos agropecuários, por outro lado, ficaram mais caros. A inflação ao consumidor teve pequena queda no período.
Em janeiro do ano passado, O IGP-10 subiu menos, 0,42%. Em 12 meses, o indicador acumula alta de 10,83%.
No atacado, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) subiu 0,63% em janeiro, contra 0,80% em dezembro. Os preços industriais subiram 0,10%, de 0,47% no mês anterior. Já os agropecuários saíram de alta de 1,64% para 1,97% no período.
Na divisão por estágio de produção, os bens finais foram de alta de 2,08% em dezembro para 1,27% em janeiro, graças aos alimentos processados (2,54% para 0,94%). Sem alimentos in natura e combustíveis, os bens finais sobem ainda menos: 0,45%, ante 1,24% em dezembro.
Os bens intermediários saíram de alta de 0,43% para 0,21%, com destaque para materiais e componentes (de 0,83% para 0,08%). As matérias-primas brutas saíram de queda de 0,28% para alta de 0,36%. Contribuíram para a aceleração do grupo a soja em grão (-3,37% para 0,66%), minério de ferro (-7,41% para -5,62%) e milho em grão (1,22% para 4,90%).
Em desaceleração, destacaram-se os itens aves (3,81% para -0,92%), bovinos (0,60% para -0,80%) e cana-de-açúcar (3,46% para 1,71%).
No varejo, a alta do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) ficou em 1,05% em janeiro, ante 1,07%, em dezembro. Quatro de suas oito classes de despesa caíram, com destaque para o grupo transportes (1,34% para 0,77%), em que a gasolina (2,99% para 0,91%) teve maior importância. Também cederam habitação (0,68% para 0,53%), vestuário (0,53% para 0,41%) e saúde e cuidados pessoais (0,60% para 0,58%). Nestas classes de despesa, destacaram-se a tarifa de eletricidade residencial (2,34% para 0,84%), roupas (0,61% para 0,29%) e artigos de higiene e cuidado pessoal (0,72% para 0,35%), respectivamente.
Em contrapartida, educação, leitura e recreação (0,98% para 1,98%), alimentação (1,92% para 1,99%), despesas diversas (0,19% para 0,81%) e comunicação (0,18% para 0,32%) subiram por causa de cursos formais (0,00% para 3,24%), frutas (3,07% para 7,84%), cigarros (0,00% para 0,74%) e pacotes de telefonia fixa e internet (-0,26% para 0,89%), respectivamente.
Por fim, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou em janeiro variação de 0,22%, ante 0,30% no mês anterior. O índice relativo a materiais, equipamentos e serviços subiu 0,39%, de 0,65%. O índice que representa o custo da mão de obra aumentou 0,06%. No mês anterior, houve queda de 0,02%.
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