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Prévia do PIB tem queda de 0,52% em novembro

15/01/2016 10h00


A economia brasileira seguiu perdendo tração no quarto trimestre de 2015, segundo cálculos feitos pelo Banco Central (BC). O Índice de Atividade Econômica do BC (IBC-Br), uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB), aponta queda de 0,52% em novembro, após baixa de 0,55% em outubro (dado revisado de queda de 0,63%).

Mas a retração foi menor que a estimada pelo mercado. A previsão média das 17 instituições ouvidas pelo Valor Data era de contração de 0,8%. As estimativas variavam de retração de 0,4% a 1,2% na leitura mensal.

No ano, o IBC-Br aponta queda de 3,85% no dado observado (baixa de 3,88% com ajuste sazonal). Nos 12 meses encerrados em outubro, o indicador aponta retração de 3,53% na série sem ajuste (baixa de 3,63% no dado dessazonalizado). Devido às revisões constantes do indicador, o IBC-Br medido em 12 meses é mais estável do que a variação mensal. Em comparação com novembro de 2014, a baixa é de 6,14% na série observada (queda de 6,72% com ajuste).

Na média móvel trimestral, indicador mais utilizado para se tentar capturar tendência, o IBC-Br aponta nova baixa ao cair 0,57% em novembro após contração de 0,69% em outubro e de 0,55% em setembro, na série com ajuste. Sem ajuste, a média móvel aponta baixa de 1,59% em novembro, após baixa de 1,12% em outubro.

Embora seja anunciado como "PIB do BC", o IBC-Br tem metodologia de cálculo distinta das contas nacionais calculadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O indicador do BC leva em conta a trajetória das variáveis consideradas como bons indicadores para o desempenho dos setores da economia (agropecuária, indústria e serviços). A estimativa do IBC-Br incorpora a produção estimada para os três setores acrescida dos impostos sobre produtos. Já o PIB calculado pelo IBGE representa a soma de todos os bens e serviços produzidos no país durante certo período.

No Relatório de Inflação de dezembro, o BC projetou uma queda do PIB de 3,6% em 2015 e de 1,9% em 2016. Os analistas consultados para a confecção do boletim Focus estimam contração de 2,99% para este ano.